Procissão do Fogaréu faz resgate histórico
12/04/2017 18:01 - Atualizado em 13/04/2017 13:07
Com relatos de sua existência no final do século XIX, a Procissão do Fogaréu em São João da Barra, na noite de terça-feira (11), representou o resgate histórico, cultural e religioso com a encenação da perseguição dos soldados romanos a Jesus Cristo, em Jerusalém. Considerado também um atrativo turístico nesta época do ano, a procissão, realizada pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Paróquia São João Batista, com apoio da Prefeitura, se consolida como um importante manifesto de fé e tradição popular.
Iniciada na Igreja de São Pedro, que simbolizou o Palácio de Pilatos, após o Pretoriano, chefe dos Farricocos (Guarda romana), anunciar a perseguição para prisão de Jesus, a Procissão do Fogaréu seguiu pelas ruas da cidade até a Igreja de São Benedito, onde aconteceu a Santa Ceia. Um diálogo entre o Pretoriano e o hospedeiro (pessoa responsável pela preparação da ceia), trouxe a certeza de que Jesus não estava mais no local.
Desapontados, o Pretoriano e os farricocos prosseguiram a perseguição percorrendo outras ruas, até a Igreja de São João Batista, que simbolizava o Horto das Oliveiras, onde se concretizou a prisão de Jesus Cristo, representada por um estandarte que levava a sua figura.
Com a prisão, o estandarte é descerrado e Jesus é conduzido simbolicamente pelos farricocos, que vestiam túnicas de cor, encapuzados com máscaras pontiagudas, descalços e com tocha na mão até a Igreja da Boa Morte, que ilustrou a cadeia onde Cristo foi encarcerado.
Durante todo o trajeto as ruas foram iluminadas pelas tochas e o som de uma fanfarra fez o clima ficar ainda mais tenso, retratando a época. Antigamente, o ritual representava a penitência e a condenação pública de pecadores, transformando-se posteriormente na celebração da prisão de Cristo.
Na Igreja Matriz, nessa quarta (12), aconteceu a Procissão do Encontro, onde Jesus ao carregar a cruz a caminho do calvário, encontra com sua mãe.

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