Médico alerta sobre câncer infantil
Jhonattan Reis 11/04/2017 17:24 - Atualizado em 13/04/2017 13:07
Câncer infantil. O assunto vem sendo alvo de dúvidas de mães por todo o Brasil, e o hematologista pediátrico Eduardo Melhem concedeu explicações em relação à doença. Melhem esclareceu a respeito da origem do câncer e falou sobre, entre outras questões, seus perigos, sintomas, providências e tratamento.
— Todo órgão e tecido do nosso corpo têm células, que se multiplicam (dão origem a outras células), vivem e morrem. O câncer ocorre quando uma célula de um órgão ou tecido específico fica “doente” e ganha a capacidade de se multiplicar de maneira desordenada (sem freio) e ao mesmo tempo de viver mais — elucidou Melhem.
O médico falou sobre perigos e cuidados ligados à doença.
— O câncer infantil e o câncer do adulto são diferentes em relação a esses dois pontos. O infantil está mais relacionado a alterações ocorridas enquanto a criança ainda está na barriga como embrião ou feto. Essas alterações se manifestam fora do útero, dando aparecimento ao câncer na criança. Já no adulto as alterações que levam à doença estão mais ligadas a hábitos e fatores ambientais, como cigarro, exposição solar, determinados remédios e substancias ingeridas, alimentos, dentre outros.
De acordo com Eduardo Melhem, os sintomas relacionados ao câncer infantil são pouco específicos e podem ser confundidos com doenças comuns da infância.
— E esses sintomas, quando presentes na criança, têm mais chance de não ser câncer do que ser, por exemplo, anemia, dores na barriga, dores de cabeça ou manchas roxas no corpo — falou.
O que os pais precisam fazer para evitar o câncer na criança? O hematologista pediátrico explicou que na criança a doença não tem fatores risco relacionados e, por isso, não tem forma de evitar.
— Porém, ir sempre ao pediatra de consultório (o pediatra da criança) ajuda bastante a poder diagnosticar ainda numa fase menos avançada. Toda criança tem que manter um acompanhamento regular com o pediatra assistente (de consultório). Ser vista sempre pelo mesmo médico é a melhor escolha para podermos perceber quando “algo está diferente” nela — disse o hematologista pediátrico, que aproveitou a ocasião para falar, também, como o adulto pode se prevenir.
— Para o adulto, manter os hábitos saudáveis. Evitar exposição solar excessiva, usar filtro solar, evitar fumar, evitar bebida alcoólica e fazer sexo com proteção (preservativo) são exemplos de medidas que podem ajudar a evitar o câncer.
Eduardo Melhem falou, ainda, sobre o que é preciso fazer quando uma criança é diagnosticada com câncer.
— É necessário procurar um local especializado na rede pública ou privada para realizar o tratamento, obedecendo a todas as recomendações. O médico a ser buscado deve ser um hematologista pediátrico, no caso de leucemia e linfomas, ou um oncologista pediátrico, no caso dos tumores sólidos. Se for julgado como necessário, também é importante buscar suporte psicológico para o paciente e para a família.
Em relação ao tratamento e o tempo que ele demora, Melhem explicou:
— Depende do tipo de câncer, de seu estágio (o quanto a doença está atingindo este paciente ou não), do protocolo de tratamento utilizado e da resposta ao tratamento. 

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