Três hipóteses para o avanço do mar em Atafona
26/04/2017 07:02 - Atualizado em 26/04/2017 07:02
O Globo aborda hoje o avanço no mar em Atafona, dizendo que, a cada ano, a praia perde cerca de três metros de faixa de areia e que o processo é mais intenso de novembro a março, quando a maré está alta. A matéria revela que especialistas observam o fenômeno há anos e que um estudo do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo levanta três hipóteses.
A primeira é que o acúmulo de sedimentos na foz enfraqueceu a força da correnteza do Paraíba do Sul, fazendo o mar avançar sobre o rio. Outra hipótese é a mudança das correntes marinhas, que contribuem para a erosão. Por fim, a praia pode estar sofrendo desmoronamentos regressivos na subsuperfície, o que faz o nível do mar subir.
O geógrafo Alex Ramos, do Espaço da Ciência, ouvido pelo Globo, diz que o processo erosivo sempre existiu, mas não era tão acentuado. “Muitos dizem que a solução pode ser um quebra-mar, e isto realmente pode ser feito. Mas, toda vez que mudamos uma corrente marinha, ela vai para outro lugar. Pode até resolver o problema aqui, mas vai prejudicar outro local”.
A prefeitura de São João da Barra alega não ter recursos para um projeto de contenção do mar que, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias, custaria de R$ 130 a R$ 190 milhões. O município tenta junto à União uma forma de viabilizar o Anteprojeto de Proteção e Restauração da Praia de Atafona.

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    Saulo Pessanha

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