Inadmissível
27/04/2017 11:47 - Atualizado em 27/04/2017 18:17
As principais escolas particulares de Campos anunciaram que não terão aula amanhã, em função da suposta greve geral convocada, que visa a atender interesses políticos, de sindicatos (principalmente) e de classes de trabalhadores específicas.
Em um país com tantos feriados, em um mês com tantos feriados, qualquer dia de trabalho a menos já é de se lamentar e de doer no bolso de quem produz. Estrategicamente a greve foi convocada para sexta-feira, de forma a tornar o feriado, por ironia, do "Dia do Trabalho", na próxima segunda-feira, um feriadaço. Para quem não gosta de trabalhar é um prato cheio.
Posicionamentos à parte, que trabalhadores e patrões se entendam sobre o que farão amanhã. O que é inadmissível, para os pais de alunos, clientes das escolas particulares, é que sejam suspensas, mais uma vez, as aulas, para, supostamente, adesão da escola à greve.
Dizem as escolas que haverá "reposição" do dia. Será? E como ficarão os pais que não têm como se dar ao luxo de deixar de trabalhar, para faltar ou "aderir" à greve? As escolas descontarão um dia da mensalidade? Deveriam. Recentemente as escolas já tinham dado uma imensa bola fora ao suspender aulas por causa de boatos infundados de greve de PMs no estado do Rio (relembre aqui).
É cada vez mais preocupante o fato de instituições, que tem o dever de ensinar e educar, tomarem, repetidamente, decisões unilaterais que deseducam. O que transparece é que ao menor motivo se decide suspender as aulas. Tempos atrás a gazeta vinha era dos alunos. 

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    Christiano Abreu Barbosa

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