O risco das bebidas energéticas
25/04/2017 20:24 - Atualizado em 25/04/2017 20:24
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Bebidas energéticas / http:www.desportoeesport.com
Você sabia que as bebidas energéticas podem trazer sérios riscos a sua saúde?
A PROTESTE analisou algumas marcas dessas bebidas e chegou a resultados assustadores.
Leia a matéria da PROTESTE:
Tem gente que costuma ingerir bebida energética para virar a noite, seja com o intuito de estudar para a prova do dia seguinte ou para finalizar o trabalho que precisa ser entregue o mais rápido possível. Se você faz parte desse grupo, é bom ficar atento: levamos 10 desses produtos ao laboratório e constatamos que eles podem ser fonte de ameaça para o organismo por oferecerem sódio e açúcares em excesso, além de outros problemas.
Em relação ao sódio, saiba que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de, no máximo, 2 g por dia desse mineral. Em nosso teste, vimos que a Extra Power e a Flying Horse têm 270 mg e 370 mg de sódio por lata, respectivamente. Assim, quem consumir quatro latinhas da Flying Horse já atinge o consumo de 1.480 mg, o que equivale a 74% do recomendado ao dia. E vale lembrar: o excesso de sódio tende a levar à hipertensão.
Quanto à quantidade de açúcares totais, a situação é ainda pior. A OMS recomenda o consumo diário de 50 g (considerando uma dieta de 2 mil calorias). E sabe o que encontramos? A maioria das marcas tem, pelo menos, a metade dessa quantidade em apenas uma latinha. E Bad Boy e Flying Horse são as recordistas nisso, apresentando, respectivamente, 78 g e 82 g de açúcares totais em 270 g do produto. Assim, quem beber apenas uma lata já ultrapassa o limite máximo diário recomendado.
Rótulos são problemáticos
Observamos ainda que as informações contidas nos rótulos nem sempre são verdadeiras. Com exceção da Flash Power, todas as outras bebidas ultrapassaram os 20% de diferença permitida por lei para a quantidade de sódio, sendo que Red Bull foi a com menor margem de erro (25%) e a Fusion, a maior (absurdos 287%!).
A quantidade de taurina também foi problemática. Red Nose, TNT e V!be têm, respectivamente, 33%, 30% e 51% menos taurina do que o informado no rótulo. Outras sete bebidas também pecaram nisso, mas ainda dentro do limite da variação permitida pela legislação.
Vale destacar ainda que em produtos como o TNT (foto abaixo), não há destaque para avisar que a bebida não deve ser consumida com álcool, nem por gestantes, mulheres que amamentam, idosos e pessoas doentes. Já na V!be, as mensagens vêm com o devido destaque, conforme exigido por lei.
Produtos ainda tem muito o que melhorar
Após todas as análises feitas, chegamos a um veredito: nenhuma bebida avaliada tem qualidade suficiente para que possamos indicar a melhor do teste. E, além de não termos boas marcas no mercado, precisamos salientar os potenciais problemas de seu consumo excessivo. Segundo a OMS, a cafeína presente nas bebidas energéticas pode causar taquicardia e agitação. E quem beber muito pode ter, ainda, palpitações, tremores, aumento da pressão arterial, náuseas, vômitos e convulsões. Nas grávidas, há maior risco de aborto.
A OMS ainda alerta para os riscos de misturar bebidas energéticas e alcoólicas. As primeiras mascaram o efeito do álcool, dando uma falsa sensação de sobriedade e gerando um maior consumo de álcool. A mistura eleva o risco de dependência à cafeína e ao álcool e acentua comportamentos de risco, como a condução perigosa. E, para os mais jovens, o consumo pode afetar o desenvolvimento neurológico e cardiovascular. Por isso, fica a advertência: se for consumir bebidas energéticas, que seja com moderação.
Se quiserem ler o teste completo, acesse https://www.proteste.org.br/alimentacao/refrigerante-e-bebida/noticia/bebidas-energeticas-elas-podem-oferecer-riscos-a-saude

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    Rachel Faria e Ana Luíza Ferraz

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