Proteste analisa azeite
07/04/2017 23:44 - Atualizado em 07/04/2017 23:44
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                                Em 17 de março deste ano a Proteste avaliou algumas marcas de azeite e descobriu um produto que, na embalagem, traz em destaque o termo “azeite de oliva tipo extravirgem”. Mas, se você olhar nas letras bem pequenas, vai ver que não é bem isso...
Imagine comprar um legítimo azeite extravirgem pagando cerca de R$ 5. Bom demais, não é verdade? Não, não é! Dificilmente esse alimento vai custar esse valor. Por isso, desconfie se encontrar algum tão barato nas prateleiras. Caso encontre, possivelmente há algo errado.
E foi isso o que eles viram acontecer com o Essência Portuguesa. A embalagem é muito parecida com a de um legítimo azeite. E se você o vir no supermercado, vai achar que está, de fato, diante do produto, porque a primeira coisa que lerá no rótulo, de forma bem destacada, é “azeite de oliva extravirgem”. Só que o produto, na verdade, diz ser um tempero português.
No site do fabricante, a informação é clara: trata-se de um tempero português elaborado com azeite de oliva extravirgem. Mas, no rótulo, isso aparece em letras muito pequenas, o que pode fazer você comprar gato por lebre. Quando a Proteste analisou a lista de ingredientes, ficou ainda mais claro: o azeite extravirgem é apenas um dos itens usados numa mistura de óleos vegetais. Por conta disso, o produto deveria ser classificado como “óleo misto ou composto”, conforme dita a legislação.
Vale lembrar que só é considerado azeite de oliva extravirgem o alimento obtido apenas da azeitona, sem qualquer outro tipo de óleo. Assim, como o Tempero Português Essência Portuguesa induz o consumidor ao erro, a PROTESTE já acionou o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), pedindo a alteração da rotulagem de acordo com as normas corretas.
Não se deixe enganar.
Observe se antes do termo “azeite de oliva” há a expressão “elaborado com”. Isso significa que o azeite é um dos ingredientes do produto, e não a sua totalidade.
Veja, também, se a embalagem traz o termo “tempero português”. Mais um indicativo de que não é azeite extravirgem.
Cuidado com a acidez! Muitas pessoas acreditam que esse parâmetro é o ideal para tomar a decisão na hora da escolha do produto. Realmente, em geral, quanto menor a acidez, melhor. Porém, não podemos definir se um produto é bom ou ruim, apenas por esse critério. E, no caso do produto em questão, ele mostra acidez de 0,5%, ou seja, a mesmo de um azeite extravirgem normal. Por isso, não se baseie apenas nesse critério, porque poderá se confundir.
Leia a lista de ingredientes. Isso é primordial! Esse produto não precisa trazer essa lista na embalagem, pois é composto por apenas um item: azeite de oliva extravirgem. Já no caso de uma mistura de óleos, todas as matérias-primas utilizadas deverão constar do rótulo.

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    Rachel Faria e Ana Luíza Ferraz

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