Delatores do Odebrecht citam caixa dois aos irmãos Mussi
18/04/2017 18:27 - Atualizado em 18/04/2017 18:27
Ex-executivos da Odebrecht, os mesmos que delataram o casal Garotinho, Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa Silva júnior, declararam que fizeram doações irregulares ao ex-prefeito Riverton Mussi (hoje PDT) e ao ex-deputado federal Adrian Mussi (hoje PHS). À época das doações, segundo os delatores, ambos estavam no PMDB.
Leandro relata que os pedidos de doações nas campanhas de 2008, para reeleição de Riverton, e 2010, quando Adrian se elegeu deputado federal, partiram do ex-prefeito. O objetivo era, segundo delatores, manter uma boa relação com o então prefeito macaense, já que a Odebrecht realizava, em sociedade com uma empresa local, uma obra de macrodrenagem.
Os valores doados a Riverton, segundo delatores, não foram devidamente contabilizados. Contudo, Leandro Azevedo disse acreditar que em 2008 tenha sido “em torno de R$ 500 mil” e que em 2010, foram R$ 475 mil. Nos dois casos, ainda conforme relatado por Leandro, as doações irregulares foram entregues na casa do ex-prefeito.
A Folha não conseguiu contato com os irmãos Mussi. Ao portal G1, Riverton negou que tenha recebido recursos da empresa em campanhas políticas. Disse, ainda, que o contato com Leandro Andrade Azevedo era apenas institucional, e afirmou que não conhece Benedito Júnior (fato também relatado pelo delator). Já Adrian, em nota também ao G1, alegou ter sigo pego de surpresa com a citação na delação da Odebrecht e afirmou não ter ligação com a empresa e não conhecer nenhum funcionário da companhia. Ele disse que não sabe o motivo da citação e que se trata de uma “armação para sujar seu nome”. O ex-deputado, que no ano passado disputou a Prefeitura de Rio das Ostras, afirma que não recebeu dinheiro algum da empresa.
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    Arnaldo Neto

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