Francimara manda apurar se médica negou atendimento a criança
23/03/2017 14:13 - Atualizado em 23/03/2017 14:14
Para quem acha que prefeita, esposa de ex-prefeito, é só decoração, Francimara, de São Francisco de Itabapoana, tem mostrado atitude e chamado para si a responsabilidade.
Na manhã de hoje ela postou uma nota em seu perfil, informando que abriu sindicância para apurar o fato de uma médica ter se recusado a atender uma criança doente por estar sem água no Hospital Manoel Carola.
Francimara foi contatada pela mãe da criança e ficou indignada, como ela mesma retratou. Descobriu que a falta d'água foi em função da estiagem e que a Cedae não teria conseguido água suficiente para abastecer a unidade hospitalar naquele dia.
Mesmo assim, a prefeita afirmou que não era motivo para negar atendimento a uma criança e determinou uma apuração com rigor.
Veja a postagem do Facebook e a transcrição da nota abaixo:
Nota:
Na última segunda-feira ocorreu um fato que gerou grande indignação, principalmente em mim, não só pela condição de estar Prefeita, mas pelo fato ser mãe.
Fui contactada pela Miliane, mãe da pequena Júlia Vitória, que me disse ter ido ao Hospital Manoel Carola, em Ponto de Cacimba, com sua filha apresentando o quadro de vômito e febre muito alta, e ao procurar atendimento, teve seu direito à saúde negado pela profissional de plantão, pois a médica alegou que não poderia lavar suas mãos, pois o hospital estava enfrentando este problema naquele momento. Ciente da situação, fui atrás das informações sobre o por quê de não ter água durante aquele período.
Logo, fui informada que passamos por um período longo de estiagem, e nossos lençóis freáticos estão com a captação abaixo da quantidade de consumo que nosso município necessita, por isso, a CEDAE, responsável pela distribuição de água aqui na cidade, tem nos abastecido com um “caminhão pipa”, e que neste dia, justamente por não terem conseguido água suficiente para atender as necessidades do Hospital Manoel Carola, não foi possível abastecer a cisterna.
Entretanto, o fato da falta de água corrente, em hipótese alguma, é justificativa para que a profissional de saúde recuse atendimento, inclusive, esta conduta que é vedada pelo código de ética médica, em seu Artigo 58, bem como o artigo 135 do Código Penal, que define a omissão de socorro. E durante o expediente buscamos alternativas para que a pediatra pudesse lavar suas mãos, tais como água mineral, o que foi recusado pela profissional.
Ante exposto, pedi instauração de sindicância, pois enquanto estiver Prefeita, não permitirei jamais que atitudes como estas passem despercebidas, pois o povo de São Francisco merece respeito acima de tudo, além de profissionais sérios, éticos e dedicados à causa pública, pois com saúde não se brinca, muito menos se nega.
Aguardarei a apuração do caso, e cobrarei o rigor da lei para os irresponsáveis que protagonizaram este infeliz episódio, e a Miliane, deixo meus votos de solidariedade.
O blog Showfrancisco também falou sobre o assunto.

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    Suzy Monteiro

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