Machadada ainda com "muita água para rolar"
23/03/2017 13:11 - Atualizado em 23/03/2017 14:17
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Muita água para rolar
Saiu, enfim, a sentença em primeira instância da operação Machadada. Para não restar mais dúvidas, Carla Machado (PP), Alexandre Rosa (PRB), Neco (PMDB) e Alex Firme estão inelegíveis por oito anos, a contar de 2012. Ou seja, não poderão concorrer a cargos eletivos, caso não consigam reverter a condenação em instâncias superiores, nos pleitos de 2018 e 2020. Os registros que os eleitos Carla, Alexandre e Alex, assim como Neco, derrotado nas urnas, conseguiram em 2016 não são anulados. Advogados que atuam em questões eleitorais explicam que ao conceder o registro, o juiz faz análise da situação do candidato naquele momento. E, à época, ainda não havia condenação. A suspeição do juiz Leonardo Cajueiro arguida pela defesa de Alex Firme em junho do ano passado, após a oitiva das testemunhas, por certo protelou a sentença. Além da típica morosidade da Justiça no país, naquele período o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) priorizava casos relativos ao pleito de 2016, tanto que a rejeição da suspeição só foi concluída em novembro. A história, iniciada em 3 de outubro de 2012, ainda não teve ponto final. Muita água, e muitos recursos, ainda vão rolar até 2020. Tudo isso sem falar nas tantas “providências” determinadas pelo juiz e que podem gerar outros fatos.
Novos?
Se a condenação da Machadada em primeira instância for mantida até a última, a eleição de 2020 em SJB pode ser de sangue novo. Ou melhor, rostos novos, mas com sobrenomes bem conhecidos. Será?
CPI
A CPI para investigar o processo de desapropriações no Açu, que já está autorizada na Alerj, deverá convocar os vereadores que participaram da sessão da Câmara do dia 31 de dezembro de 2008. Em caráter de urgência, eles aprovaram a criação do distrito industrial no 5º distrito sanjoanense.
Sem prazo
Contratados e comissionados na gestão Neco, que ainda não receberam o salário de dezembro e a segunda parcela do 13º, pelo visto terão de esperar. Não há prazo divulgado para quitação.
Doações
As irmandades religiosas de São João da Barra precisam se adaptar ao novo cenário econômico do município. A do Santíssimo Sacramento, responsável pelas tradicionais celebrações da Semana Santa na Matriz, já pede colaborações.
Devotos
A irmandade de Nossa Senhora da Penha também já busca apoio dos devotos. Só para os andores da procissão de segunda-feira, Patrimônio Imaterial do Estado do Rio, o orçamento de flores chega perto de R$ 30 mil.
Patrimônio
Já que a procissão é patrimônio, a pedido do deputado estadual Bruno Dauaire (PR), não custa nada o deputado tentar uma ajuda junto à secretaria de Cultura do Estado. Neste ano, a procissão será dia 24 de abril.
*Publicado na edição desta quinta-feira (23) da Folha da Manhã

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    Arnaldo Neto

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