Estado do Rio pretende vacinar toda população contra febre amarela
11/03/2017 13:39 - Atualizado em 11/03/2017 13:45
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Rodeado por três estados com casos suspeitos e confirmados de febre amarela, o Rio de Janeiro passará a recomendar a vacina contra a doença para todos os municípios em seu território. Segundo revelou o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, o ministério da Saúde garantiu três milhões de doses para uma etapa inicial em todo o estado, prevista para começar em 15 dias. O governo estadual pretende vacinar toda a população ao longo do ano, incluindo a capital — o que requer aproximadamente 12 milhões de doses de vacina no total. Teixeira Júnior classifica a decisão como uma medida de prevenção, uma vez que não há notificações da doença no estado.
— Estamos seguindo com uma estratégia que vem sendo positiva nas regiões Noroeste e Norte do estado. Vamos estender para todo o Rio de Janeiro a vacinação, para que a gente continue não tendo a entrada da febre amarela. O Rio não pode ser uma ilha e está rodeado por estados que têm registros da febre amarela. O fluxo de pessoas que viajam é grande. A população pode manter a tranquilidade, é uma medida preventiva — assegurou o secretário.
De acordo com Teixeira Júnior, a Fundação Oswaldo Cruz já foi comunicada sobre a ampliação, e o próximo passo é comunicar os municípios. Os governos defendem um parcelamento na administração das doses a serem enviadas, uma vez que a vacina exige refrigeração, armazenamento e tratamento adequados.
Desde o final de janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) está recomendando a vacinação em municípios na divisa do território fluminense com Minas Gerais e Espírito Santo — os estados concentram a maior parte dos casos suspeitos no país, com 1.325 das 1.456 notificações, de acordo com o último boletim de febre amarela no país, divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira. Em 22 de fevereiro, a área de bloqueio passou a incluir 30 municípios fluminenses.
Por enquanto, os casos da doença confirmados no Brasil são do tipo silvestre, ou seja, ainda não chegaram às cidades. No país, os óbitos somam 241 notificações, com 127 casos confirmados e oito descartados. A taxa de letalidade entre os casos confirmados foi de 33,5%.
Os macacos, hospedeiros do vírus, funcionam como uma sentinela da presença da febre amarela em uma região. No fim de fevereiro, quatro macacos foram encontrados mortos em Campos dos Goytacazes, mas análises ainda estão sendo feitas para verificar a causa do óbito.
Fonte: O Globo

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    Arnaldo Neto

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