A motivação de Garotinho em se opor à privatização da Cedae
24/02/2017 07:08 - Atualizado em 24/02/2017 07:34
O grupo político liderado pelo ex-governador Anthony Garotinho se colocou contra a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Na Alerj, o deputado Bruno Dauaire (PR) foi voto desfavorável ao projeto que autoriza a venda da empresa.
O alinhamento de Garotinho e de seus correligionários não tem motivação ideológica. A posição contra dá-se porque a venda da Cedae representa uma alternativa para Luiz Fernando Pezão resolver os seus problemas financeiros. E isso não interessa ao ex-governador.
É público que a venda da Cedae vale como contrapartida para viabilizar um empréstimo da União para o estado de R$ 3,5 bilhões, de forma a resolver a crise financeira que tem comprometido o pagamento dos servidores.
De olho nas eleições de 2018, Garotinho evidentemente que não tem interesse que Pezão cumpra os seus compromissos. Para ele (Garotinho), o quanto pior é melhor politicamente. Mesmo que o caos atinja as contas do estado.
Se Garotinho hoje age assim vale registrar que ele foi o responsável pela venda dos royalties do petróleo, alternativa para a prefeitura de Campos cumprir os compromissos com os servidores e fornecedores na gestão de sua mulher Rosinha.
E não custa lembrar que os serviços de água e esgoto em Campos saíram das mãos da Cedae para a Águas do Paraíba nos anos 1990 na gestão do então prefeito Sérgio Mendes, na época um aliado político de Garotinho.  

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    Saulo Pessanha

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