O jogo Americano e Goytacaz começa e narrador conta estrelas
05/02/2017 11:43 - Atualizado em 05/02/2017 11:59
Radialista e advogado, Moacir Fonseca tinha o dom da loquacidade. A sua verbalidade era exuberante.
Nos anos 1960, em um jogo entre Americano e Goitacaz, com o Estádio Ary de Oliveira e Souza lotado, Moacir, diante dos microfones da Campos Difusora, destilou o seu entusiasmo:
— Senhoras e senhores, a noite está propícia à prática do esporte bretão. Uma beleza! O vento nordeste sopra no gramado verde do clube alvi-anil, refrigerando tudo. As arquibancadas e todas as dependências do estádio estão repletas de aficcionados, prevendo-se um recorde de renda. Na abóboda celeste, as estrelas cintilam. Daqui as vejo, com seu brilho dourado. Poderia até contá-las. Vejam só: uma estrela, duas estrelas, três estrelas, quatro estrelas, cinco...
A contagem das estrelas é interrompida pelo repórter de campo Pessanha Filho.
— Moaça, o jogo já começou...
De outra feita, Moacir Fonseca, no jeito conhecido de escrever e falar termos empolados, foi fundo no título de uma matéria de um jogo entre Rio Branco e Americano, pelo antigo Campeonato Campista, em que alguns jogadores brigaram. Ele, que também era jornalista, botou na página de esportes de A Notícia:
“Acontecências exdrúxulas obnubilaram o brilho do prélio”.
Fonte: A Imprensa de Campos pelo avesso — 400 gafes e pérolas

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    Saulo Pessanha

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