E ninguém cala
23/02/2017 12:45 - Atualizado em 23/02/2017 12:57
O Botafogo é o time sensação do Brasil neste início de ano. Classificado para a Pré-Libertadores através de boa campanha no Brasileirão de 2016, o alvinegro carioca pegou uma tabela duríssima pela frente na competição sul-americana.
No primeiro confronto encarou o gigante Colo-Colo, 31 vezes campeão chileno, clube com mais finais de Libertadores do que qualquer carioca, tendo sido campeão em 1991 e vice em 1973. Passou vencendo no Rio e empatando em Santiago.
Ontem encarou outro gigante sul-americano, o Olímpia, 40 vezes campeão paraguaio, clube mais vezes campeão da Libertadores do que a soma de todas as conquistas cariocas, tendo sido campeão em 1979, 1990 e 2002, além de ter sido vice em outras 4 ocasiões (1960, 1989, 1991 e 2013).
Em ambos os confrontos o Botafogo decidiu fora de casa, o que tem um peso enorme em se tratando de Libertadores. O alvinegro venceu o primeiro jogo em casa e segurou o adversário fora de casa. Ontem controlou bem o 1º tempo, mas recuou demais na 2ª etapa e foi pressionado até tomar o gol que selou a derrota e a disputa nos pênaltis.
Sem grande elenco, o Botafogo é um time muito bem armado por Jair Ventura, jogando com muita determinação, marcação, garra e transpiração. Conta com alguns jogadores acima da média, como Camilo e Montillo, revela alguns bons jovens jogadores, tem sido extramente feliz nas contratações sem grande custo e tira o máximo de jogadores considerados medianos, como Airton e Rodrigo Pimpão, que vem jogando o fino.
A épica classificação teve direito a substituição de goleiro, com a saída de Helton Leite para a entrada de Gatito Fernandez, torcedor do Cerro Porteño, arquirival do Olímpia. Gatito se consagrou como o herói da noite ao defender 3 pênaltis.
O jogo de ontem foi o segundo que vi no ano. O outro também foi do Botafogo, contra o Colo-Colo, também fora de casa. Em ambos deu prazer de ver o time jogar e lutar, honrando a sua camisa. Estadual em fase de "classificação", sinceramente, passo.
Agora é a vez do Botafogo encarar o chamado grupo da morte, contra o atual campeão, Atlético Nacional de Medellín, que perdeu jogadores importantes para clubes brasileiros, Estudiantes de La Plata e Barcelona de Guaiaquil, este talvez o mais fraco. O alvinegro chega com moral em alta, mostrando que não será o patinho feio do grupo.

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    Christiano Abreu Barbosa

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