A tarefa de Rafael Diniz, o novo prefeito de Campos, não é fácil. O jogo político é sujo. Vide o boicote financeiro que foi imposto ao início de sua administração com a retirada do ar, nos dois últimos dias úteis do ano, do site da Secretaria Municipal de Fazenda.
A intenção foi clara: reduzir receita. Versões surgiram para justificar o problema. Mas é tolice pensar que o grupo batido nas urnas deixaria o governo sem aprontar. O pior é que, antes de atingir Rafael, a manobra suja prejudica é o povo.
Rafael iniciou hoje o seu mandato num cenário financeiro nebuloso. O déficit é em torno de R$ 1 bilhão, aponta o advogado Felipe Quintanilha, que cuidou da transição na área de controle orçamentário. E muita coisa não foi paga pelo governo Rosinha.
O detalhe é que Anthony Garotinho, o “comandante” do grupo, anuncia que deixou milhões de reais no caixa para o sucessor de sua mulher. Nos anos 1990, com Sérgio Mendes, que assumiu a Prefeitura, sucedendo-o, fez o mesmo. Disse que havia deixado dinheiro. Sérgio contestou.