Eu, Eike B, 61 anos, corruptor e foragido
28/01/2017 19:47
Eu, Eike B, 61 anos, corruptor e foragido
Arthur Soffiati
Atenção, restinga e pequenos produtores do Açu, vocês foram vendidos por Eike Batista por 16 milhões e 500 mil dólares no mínimo. Quem os vendeu foi Sérgio Cabral. Desde os tempos do governador Garotinho, na década de 1990, venho advertindo que a desapropriação de terras no Açu para instalar um complexo portuário sobraria para vocês. Ninguém me ouviu. Nem vocês, produtores. Todos acreditavam no “progresso”. Vocês só começaram a perceber que eu tinha razão quando Sérgio Cabral colocou a CODIN a serviço de Eike para roubar suas terras.
Ninguém se preocupou com Eike B. enquanto ele arranhava a costa como um caranguejo. Desprovidos de preocupação ambiental, vocês pensaram que só a vegetação, os animais e o solo da restinga seriam afetados. Ele acabou chegando até vocês. Parece que D. Noêmia foi a única que resistiu bravamente.
Ninguém forma uma grande fortuna do dia para a noite sem informações privilegiadas e sem ajuda governamental. Uma mão lava a outra. Eike molhou a mão de Sérgio Cabral e este molhou a de Eike B com vantagens no valor de 80 milhões de reais. E não apenas Cabral. Dilma visitou o porto junto com membros do PT local e regional, que se acotovelaram para fazer selfies com ela e com Eike. Lula visitou o porto secretamente mas foi descoberto. Ele queria roubar dinheiro do Espírito Santo para o Açu. Não deu certo.
Ninguém consegue tanta vantagem sem ajuda governamental. Cabral facilitou tudo para Eike B, 61 anos, corruptor e foragido da Justiça. Dilma declarou que ele era um modelo de empresário para o Brasil. Eike B. vendeu vento empacotado. O vento começou a escoar dos pacotes. Se futucarem bem, vão descobrir que o INEA está envolvido. Pessoas locais estão envolvidas. Elas vão aparecer. A empresa que comprou o complexo do Açu comprou um produto roubado. Quem intercepta mercadoria roubada é também criminoso. Esperem e verão. As investigações vão dar em nada ou muita gente ainda será desmascarada. Não dá para roubar tanto sozinho. É preciso a ajuda de comparsas.

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    Aristides Soffiati

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