Seria somente uma fotografia de um pai segurando seu filho no chuveiro no momento de cuidados para baixar uma febre clickada em 2014, um click documental feita pela esposa e fotógrafa americana Heather Whitten, pois bem, esta imagem foi compartilhada dezenas de milhares de vezes no Facebook, o que rendeu durante esse período um "tira e bota " por parte do Facebook, em função de denúncias por acharem ofensiva essa fotografia que dentro do contexto acima explicado não seria nada tão ofensivo assim, porém o caso chegou ao Departamento de Proteção de Crianças e Whitten terá de responder pela imagem em tribunal.
Na próxima sexta-feira dia 3 de fevereiro, Whitten vai ter de responder em uma audiência, se for culpada por negligência ela perderá o direito de fotografar, promover, adotar, adultos vulneráveis e crianças por 25 anos.
Vivemos em um momento de popularização das fotografias de Newborn e as fotografias documentais, onde facilmente encontramos fotografias de bebês e crianças com partes do corpo desnudas em sendo acolhidas pelos pais, sejam feitas em estúdio ou mesmo em seus cotidianos como vemos nas fotografias documentais, diante deste fato é necessário que façamos reflexões como fotógrafos e pais quanto as postagens de nossas fotografias!!
Qual é a porcentagem legal de partes desnudas do corpo que podem ser publicadas, compartilhadas sem sofrer denúncias?
Qual contexto, mesmo sendo numa relação de pais e filhos pode ser considerado ofensivo e repugnante?
Qual o direito que os pais e fotógrafos tem em expor uma fotografia de criança?
É válida somente a autorização de um ou de outro ( mãe e pai), ou terá que ser dos 2 para que um fotógrafo possa se resguardar juridicamente em uma postagem de uma criança?
Muitas outras reflexões podem ser feitas a partir desse caso, porém uma "verdade é certa", estamos todos no mundo aprendendo a conviver com essa explosão de possibilidades fotográficas somadas outras possibilidades de compartilhamentos
Site da fotógrafa