Feminismo: amado e odiado
24/01/2017 09:42
 
Penha Pinto
 
As mudanças ocorridas com o passar dos anos na vida das mulheres, com a conquista do mercado de trabalho formal e da consequente independência financeira, alteraram de forma significativa os papéis assumidos por elas tanto dentro, quanto fora do lar. Falar de mulheres financeiramente independentes é falar de mulheres que superaram barreiras, que deixaram de viver dedicadas aos seus maridos, deixaram de assumir apenas o papel de esposa, mãe e dona de casa, para conquistar espaços nunca antes imaginados.
 
Quando a francesa Olímpia Gouges começou a lutar em 1791 para que as mulheres tivessem o direito de participar direta ou indiretamente da formulação das leis e da política em geral, acredito que ela nunca imaginou que no século XXI as mulheres teriam alcançado tantas vitórias em todos os seguimentos da sociedade, até mesmo na politica. Que hoje uma mulher pudesse sentar na frente de um computador e escrever sobre qualquer assunto sem ser discriminada ou até mesmo ser condenada a pena de morte na guilhotina.
 
A luta foi se espalhando pela Europa, tendo um novo recomeço na Inglaterra no século 19, onde se centrava na obtenção da igualdade jurídica (direito de voto, de instrução, de exercer uma profissão ou de poder trabalhar). Nessa época o pensador inglês Stuart Mill através dos seus escritos, entrou nessa luta com as mulheres para que as elas pudessem obter sua emancipação. Na metade da década de 60 surgiu o movimento feminista contemporâneo e entre 1968 e 1977 se alastrou para diversos países industrializados, chegando até aos países subdesenvolvidos.
 
Mas do meio do movimento legítimo, saiu as que não aceitavam muito bem algumas das teorias feministas. Assim surge então, o extremo oposto do machismo: o chamado FEMISMO, Obviamente que o FEMISMO é um fenômeno mais recente que o machismo: ele começou a ser percebido ao longo do movimento feminista, quando se sobressaiu o comportamento dessas mulheres, mais revoltadas com a questão de gênero (talvez porque as primeiras mulheres a “ousarem pisar em território masculino”, tenham precisado se masculinizar, para receber o digno respeito), transformando a busca pela igualdade em uma gangorra, em uma guerra entre os sexos – incorrendo no mesmo erro do machismo.
 
No qual mulheres afirmam que “homem não serve pra nada”, “faço tudo o que eles fazem, só que melhor!”(será?), “homem é que nem chiclete- quanto mais pisa, mais gruda no pé”, e tantas outras. Aqui, cito piadas, ditos populares que expressam conceitos, mas que, se levados a sério e transpostos em atitudes, nos levarão à mulheres que utilizam pejorativos para se referir ao companheiro, tentam humilha-lo em público ou, simplesmente, nem chegam perto de um homem – tem asco e pronto. Que podem utilizar de qualquer meio para “lutarem” por aquilo que acreditam, até mesmos de algumas barbaridades que assistimos diariamente.
 
Essa luta vem sendo travada há anos, sei que muitos não apoiam e não gostam do movimento feminista, como tudo na vida, tem seus erros e acertos. Mas uma coisa todas as mulheres precisam reconhecer, muitos direitos adquiridos pelo movimento legítimo, são usufruídos por todas nós

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    Nino Bellieny

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