O outro lado (2)
Christiano 05/12/2016 13:43

Em relação ao pedido de direito de resposta feito pelos advogados do ex-governador Anthony Garotinho, publicado aqui hoje, sobre a nota “Cirurgia teria custado mais de R$ 1 milhão”, publicada aqui no blog no dia 22 de novembro, faço as seguintes considerações:

- Os advogados do ex-governador não precisam formalizar direito de resposta, que poderia ser aceito ou não por mim. Como os leitores que acompanham o blog sabem, toda nota publicada aqui é aberta automaticamente ao contraditório, bastando o outro lado enviar a sua versão, seja por e-mail, WhatsApp, Facebook ou outro meio digital qualquer, para que a mesma seja publicada

- Ganha-se assim agilidade. A nota foi publicada no dia 22 de novembro, o direito de resposta assinado em 28 de novembro, postado via Sedex (gerando custos) através dos Correios no dia 01 de dezembro, entregue na portaria da Folha no dia 02 de dezembro e lido por mim hoje, 05 de dezembro. Foram 13 dias depois da nota original, quando um simples e-mail no mesmo dia resolveria o problema

- Sobre o conteúdo em si do direito de resposta, ele em momento nenhum questiona o cerne da nota, republicada a partir de nota do jornal O Dia, de que a cirurgia teria custado R$ 1 milhão. O conteúdo enviado pelos advogados do ex-governador (confira aqui) fala que o plano de saúde é quem pagou os custos, sem sequer citar quanto custou de fato. Em momento nenhum a nota original do blog citou quem pagou os custos (confira aqui), apenas mencionou o valor total da cirurgia. Ou seja, a nota fala de uma coisa e o direito de resposta de outra.

O ex-governador Anthony Garotinho foi preso pela Polícia Federal por acusação de compra de votos nas eleições municipais deste ano no “escandaloso esquema” do Cheque Cidadão. Ele foi levado do Complexo Penintenciário de Bangu para o Quinta D´Or, para que fosse submetido a um procedimento cirúrgico para a colocação de um stent.

Garotinho teve alta e passou a cumprir prisão domiciliar em um apartamento no bairro do Flamengo, no Rio. O TSE concedeu ao ex-governador posteriomente um habeas corpus, revogando a prisão, mas com alguns condicionantes, como a proibição de retorno a Campos até o fim do processo.

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    Christiano Abreu Barbosa

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