Ponto Final: Emergência e gastos como se não houvesse amanhã. Mas há
Suzy 04/12/2016 11:51
Ponto-final   Emergência O município de Campos teve emergência econômica decretada no início do ano. Em julho, a emergência, que era por 120 dias, foi prorrogada para 340 dias. Teoricamente, este ano seria, quase totalmente, de emergência. Mesmo assim, os gastos foram intensos neste ano eleitoral de 2016. Milhões para construtoras, combustíveis, cessão de funcionário. Enfim, uma vida como se não houvesse amanhã. Mas há e, em curto prazo, o futuro tem se desenhado difícil de ser administrado.   No vermelho Semana passada, a Prefeitura de Campos chegou a ter a energia elétrica cortada por falta de pagamento, segundo informou a Enel, antiga Ampla. O vereador reeleito Fred Machado (PPS) denunciou que pacientes estavam tomando água da torneira no Hospital Geral de Guarus (HGG) e funcionários, contratados por Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) estão sendo demitidos em massa. Um verdadeiro caos financeiro, a bem da verdade, não muito diferente do que já vinha acontecendo esporadicamente no governo municipal.   Melhorou ou piorou? Parafraseando uma propaganda antiga do governo, a resposta é clara em alguns pontos, como a Saúde, por exemplo. Filas para marcação de consultas, o que não se via há mais de 10 anos em Campos, voltaram a fazer parte da rotina. Corredores dos hospitais cheios e falta de leite especial também são reclamações recorrentes, desde antes da crise econômica. Além disso, a promessa da primeira campanha de Rosinha Garotinho à Prefeitura de Campos, em 2008, não se concretizou. Das 10 mil casas prometidas para os quatro primeiros anos, apenas 6,5 mil foram construídas nos dois mandatos.   Data do 13º confirmada A Prefeitura de Campos informou que vai pagar a segunda parcela do 13º salário aos servidores ativos e inativos no próximo dia 19. Já o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro vai acontecer nos dias 28, 29 e 30, cumprindo o calendário divulgado pela prefeita Rosinha Garotinho em janeiro.   Por onde anda? O prefeito Neco (PMDB), de São João da Barra, vai encerrando seu governo de forma melancólica. Não pagou o 13º dos seus servidores, após a promessa de fazê-lo até novembro — depois de já não ter cumprido a previsão inicial, que era 17 de junho. A postura institucional da Prefeitura e seus secretários e a do próprio prefeito, em total silencio sobre o assunto, não tem agradado a ninguém. Parece medo de enfrentar o problema e de, ao menos indicar, que está em busca de alternativas para resolvê-lo.   Premiado A força-tarefa da operação Lava Jato foi escolhida para receber o Prêmio Anticorrupção 2016 da ONG Transparência Internacional. O prêmio foi instituído para reconhecer a atuação de indivíduos e grupos que tomam medidas extraordinárias para combater a corrupção no seu próprio país. A escolha da força-tarefa foi anunciada ontem, no Panamá, durante a Conferência Internacional Anticorrupção.   Sem clima? As lojas do Centro da cidade já estão há muito tempo em clima de Natal. Mas dezembro chegou e o consumidor parece não ter entrado nesse clima. Ainda não há dados oficiais das entidades representativas, mas na rua o que se vê é um movimento bem menor que o do mesmo período em anos anteriores. A crise e o alto índice de desemprego colaboram, mas o comércio continua otimista. Afinal, o campista não vai deixar a data comemorativa passar sem, ao menos, uma “lembrancinha”.   Violência Não é de hoje que se sabe que violência não é assunto só de cidade grande. Ontem, em Cardoso Moreira, uma tentativa de assalto chamou atenção dos moradores. Os bandidos não conseguiram concluir o crime devido à atuação da Polícia Militar. As buscas aos suspeitos, que se estenderam até a noite, deixaram a cidade apreensiva. Como durante a semana houve outro assalto, a uma joalheria, já há quem diga que o clima de paz na pacata cidade é coisa do passado.  

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    Suzy Monteiro

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