A Itaperunense do Ano
Nino Bellieny 31/12/2016 15:24
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Artigo de Walter Marreiros
O nome dela é Mônica Console Monteiro, pessoa simples, de bom coração, moradora do bairro Fiteiro, mas que não se limitou ao ver a escola da sua área prestes a ser perdida. Mãe de um aluno do local , que já não funcionava mais, só em uma casa alugada no bairro Niterói, enquanto a obra de construção de um novo prédio se arrastava e dava a impressão de nunca ser concluída,  "condenada" a ser demolida, até o dia em que Mônica resolveu interferir.
2000
Chamou um pequeno grupo de pais e começou a percorrer órgãos públicos buscando informações sobre a obra, recebendo apenas respostas negativas. Por várias vezes esteve na Câmara Municipal com outros pais buscando solução para o problema, sendo ignorados por vereadores da situação e da oposição, uma maioria evitando comprar briga.
Também foram à várias as reuniões com secretários de educação, até chegar ao prefeito.
O barulho soou alto, chegou aos ouvidos das redes de tv, como a Globo, SBT e Record.
Mônica não precisou de mandato, de voto, dinheiro, influência ou política, mas de coragem, força, determinação e fé.
Se tornou a líder de um grupo, de um bairro, levando o objetivo até o fim. Não foi fácil, mas ela não se intimidou, lutou, uma guerreira incansável.
  0108Mônica-Ft-Família
Como dizia Raul Seixas  em cima de uma frase de John Lennon, sonha que se sonha só é apenas um sonho, mas sonho que se sonha junto, é realidade e na data do dia 30 de dezembro de 2016 esse sonho se tornou realidade com a inauguração do novo prédio da Escola Sítio São Benedito.
0901
Louvores à Mônica e aos demais pais, cidadãos que lutaram por essa causa.
Uma causa com todas as feições de algo impossível e ao mesmo tempo tão simples. Na cidade sem memória chamada Itaperuna, destruir é infinitamente mais fácil do que manter ou recuperar. Ela e seus amigos provaram o contrário: Recuperaram. Fizeram renascer. Um direito deles, cidadãos. Tão pouco exercido pelos outros milhares de itaperunenses acomodados e silenciados pelo medo de "mexerem" com as autoridades...
Que novas Mônicas se multipliquem em nossa cidade, Estado e País, que tudo o que ela fez, possa contagiar outras pessoas a se indignarem e não se acomodarem.
Em nome dos alunos, pais, do bairro Fiteiro e de Itaperuna, escrevo sem medo: A Itaperunense do Ano de 2016.
Mauríco de Souza se orgulharia desta Mônica.
Mônica não foi amiga da Escola, ela será sempre a mãe, a alma do prédio.
A quem honra, honra. Romanos 13:7 

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