De Joana D'ark à Mulher de Hoje
Nino Bellieny 16/12/2016 18:49
REPRESENTAÇÃO FEMININA NA POLÍTICA PENHA PINTO Filha de Lorena, onde está situada a vila de Domrémy-la-Pucelle, na França, a valente e inspirada Joana d’Arc, nasceu no dia 6 de janeiro de 1412. Esta jovem destemida trilhou uma árdua jornada para propiciar a libertação da França. De uma família camponesa, Joana conheceu a pobreza e as limitações da condição feminina, que só lhe permitia a perspectiva de um bom casamento. Sua infância foi marcada pelo trabalho junto aos pais lavradores; cuidava do rebanho no Vale do Mosa e tecia a lã ao lado da mãe, além disso, estava sempre pronta para socorrer os necessitados. Seu conhecimento na esfera intelectual era quase nenhum, uma vez que era analfabeta. Mas isso não a impediu de ser chefe militar da guerra dos cem anos, tornando-se uma heroína francesa. Falar sobre Joana d'Arc é fundamental para os nossos dias atuais, a luta dela foi política, ela queria simplesmente mudanças, pois não aceitava o que acontecia em seu país. Depois de centenas de anos, presenciamos ainda principalmente no Brasil a luta da mulher para ocupar seu espaço na política, quando se trata de representação feminina na política, o Brasil ocupa apenas 121ª posição no ranking mundial. Com a intenção de equilibrar o jogo em relação à igualdade no Parlamento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)  lançou, a campanha "Mulheres na Política". Criando cotas para as mulheres disputarem as eleições pelos partidos, hoje são penalizados os partidos que descumprirem regras de cotas do Fundo Partidário e por não incluírem pautas relacionadas à temática no horário eleitoral obrigatório. Mesmo assim a representação feminina em cargos eletivos municipais se limita a apenas 10% de prefeitas e 12% de vereadoras, sem falar que é baixíssimo o número de secretarias ocupadas por mulheres, e isso acaba produzindo uma representação também pequena em Brasília, em que as mulheres são pouquíssimas deputadas entre 513 representantes da Câmara e entre 81 senadores. Com tudo isso, podemos perceber que a luta está apenas no começo, mas não podemos é deixar de lutar, claro que não vamos levantar uma espada e sair por aí matando ninguém, mas temos outros meios nos dias de hoje e com isso podemos declarar nossa insatisfação. Não é que desejamos ser igual a um homem ou tirar deles os cargos que ocupam. Apenas, queremos provar que somos capazes de fazer a diferença onde estivermos, até mesmo na política. 80

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Nino Bellieny

    [email protected]

    BLOGS - MAIS LIDAS