Guilherme Fonseca Cardoso*

São históricos e constantes os apagões no interior fluminense em decorrência de alguma chuva, seja ela intensa ou moderada.

Um blecaute como ocorrido ontem em Porciúncula, com duas horas de duração aproximadamente, seria manchete de jornal na manhã desta segunda-feira, caso o ocorrido tivesse sido no Rio ou São Paulo, mas como se trata do interior do Estado, o episódio se repete há décadas sem nenhum tipo de esclarecimento público por parte da empresa.

Por uma questão de transparência, pela manhã, antes de escrever este texto, enviei um e-mail na seção de contatos do portal da ENEL Brasil, solicitando informações a respeito desses constantes apagões. Aguardo os esclarecimentos…

O primeiro contato fiz pelo twitter, recebi uma resposta evasiva e padrão.  O segundo, por e-mail, fui mais detalhista, o qual aguardo a resposta com os esclarecimentos para que possamos entender, qual a razão para essa fragilidade da rede há anos, mesmo com mudanças de gestão.

Em relação à rede telecomunicações, não é muito diferente. Essas falhas deixam expostas a fragilidade da nossa infraestrutura, o que deveria ser motivo de uma ação política para mitigar os seus efeitos, pois energia e comunicação são quesitos básicos para qualquer plano conjuntural de desenvolvimento econômico que se queira discutir e implementar na região, uma das mais pobres de todo o Estado do Rio de Janeiro e certamente do Sudeste. Até mesmo o turismo é prejudicado, indiretamente, pois limita as perspectivas de longo prazo e inibe investimentos para ampliação de negócios já existentes.

A imprensa regional deveria se unir em torno deste tema, que é de interesse de todos os moradores do Noroeste, de maneira a manter em evidência a necessidade de uma resposta clara por parte das concessionárias, empresas de energia e telecomunicações a respeito das constantes interrupções desses serviços.

Faz-se necessário conhecer os motivos dessas falhas que são há décadas um obstáculo ao incremento econômico que tanto desejamos para os treze municípios da região Noroeste.

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