Delação da Odebrecht aponta um "Bolinha centralizador"
Alexandre Bastos 10/12/2016 11:52

garotinho

Na Odebrecht, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) era chamado carinhosamente pelo seu apelido de infância: Bolinha.

De acordo com o delator Leandro Andrade Azevedo, Bolinha era centralizador, capaz de cobrar pessoalmente os repasses prometidos pela empresa.  “Posso dizer que este tipo de conversa, ou seja, cobrança por eventuais atrasos na entrega dos valores ou mesmo repactuação sobre os valores do pagamento eram comuns”.

Em contrapartida, o político enrolado com a Justiça mostrava-se disposto a agir para que a Odebrecht não saísse no prejuízo. “Presenciei algumas vezes Garotinho telefonando para os secretários da Fazenda do Município durante a gestão de Rosinha[…] e pedindo que tivéssemos preferência na regularização dos pagamentos em atraso, o que de fato aconteceu”.

Azevedo relata uma relação informal, quase de camaradas, iniciada a partir da possibilidade de empresa e político engordarem seus caixas. “embora eu não tivesse qualquer relacionamento com Rosinha, a quem conheci na data da assinatura deste contrato (Morar Feliz), mantinha relação próxima a Antonhy Garotinho, o que me permitia tratar com ele, sem burocracia, qualquer dificuldade que tivesse em nossos projetos. Foram exatamente os pagamentos feitos a Garotinho a pretexto das doações de campanha que abriram as portas para o meu contato direto com ele”.

Fonte: Veja 

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