Foto:Rodrigo Silveira/Reprodução facebook
Kátia Romana, irmã de Rudcéa, contou que ela descobriu o câncer pela primeira vez em 2011 e não aceitou parar de trabalhar. Durante todo o tratamento, exerceu sua função com responsabilidade e também com alegria de quem sentia que precisava daquilo para se manter viva.
— Ela dizia que se ela tivesse que se afastar do trabalho, morreria. Não aceitou em nenhum momento parar. Precisava disso para se manter viva. O combustível da vida dela era o trabalho na Folha — disse a irmã.
Ainda segundo Kátia, Rudcéa, depois de passar pelo tratamento da primeira manifestação do câncer, ficou sabendo em 2014 que a doença tinha voltado, dessa vez em três pontos diferentes. No dia 2 de outubro começaram as dores, que a obrigaram, há duas semanas, a fazer o que ela mais resistia que era deixar o trabalho. Às 3h de ontem, acometida por mais complicações, Rudcéa foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde às 07h30 acabou falecendo.
Para a diretora do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa, vai ficar o lamento pelo desfecho não desejado e o exemplo de vontade de viver e coragem no enfrentamento à doença. “Ela era uma funcionária exemplar, muito competente. Foi batalhadora, lutou contra a doença de uma forma que nunca vi ninguém lutar. Mas, infelizmente, não acabou como queríamos. Vai fazer muita falta”, lamentou.
A morte de Rudcéa também foi noticiada no blog Ponto de Vista, do diretor do Grupo Folha, Christiano Abreu Barbosa, que exaltou as qualidades profissionais da colega de trabalho em sua publicação.
– [Rudcéa] Exerceu o trabalho sempre com muita competência, responsabilidade e extrema organização. Mesmo aposentada e com a doença, Rudcéa não se permitiu deixar o trabalho, atuando até os seus últimos dias de vida – lembrou Christiano Abreu na postagem.
Márcia Abreu, responsável pelo setor financeiro do Grupo Folha, onde Rudcéa atuava, falou sobre a lacuna profissional e pessoal, deixada pela companheira de trabalho. “Eu invejava a responsabilidade e organização dela. Ela fazia questão de fazer o trabalho dela sozinha, às vezes demorava, mas era sempre impecável. Além disso, ela lutou muito pra viver, era uma pessoa perseverante e ela conseguia aquilo que ela queria. Um exemplo, uma pessoa que vai fazer muita falta”, disse.