Distritos perdem força política
saulo 15/11/2016 08:10
images     O voto distrital não vigorou na eleição de 2016. Se tivesse sido aplicado, o município de Campos seria dividido em 25 distritos, número correspondente ao de cadeiras na Câmara. Cada distrito elegeria um vereador por maioria simples — 50% dos votos mais um. A adoção da nova lei, que ainda vai tramitar na Câmara dos Deputados, reforçará, no caso de Campos, a representação dos seus distritos no Legislativo. Nas eleições deste ano, o interior não emplacou uma bancada na Câmara Municipal. A maioria dos eleitos é da cidade, com grande parte possuindo base eleitoral em diferentes regiões do município. Mas não há nomes eleitos na localidade onde mora. Nos últimos 30 anos, o interior perdeu força, justo depois que foi muito bem em 1988. Na eleição de 1988, nomes como os de Nazir (Bil) Batista (Cardoso Moreira), Adílio Velasco (Santa Maria), Gélcio Mendes (Morro do Coco), Admardo Gama (São Sebastião), Ederval Venâncio (Travessão) e Ailton Tavares (Goitacazes) foram eleitos. Já nas eleições seguintes, a proporcionalidade caiu. A representação dos distritos encolheu. Nas eleições deste ano, os distritos não elegeram bancada própria. Para voltar a tê-lo, certamente só com o voto distrital — quando for adotado.

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    Saulo Pessanha

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