Luz amarela no fim da gestão cor de rosa
Suzy 30/11/2016 11:09
Ponto-final
Luz amarela Perto de acabar a gestão cor de rosa, acende a luz amarela na Prefeitura de Campos. Embora o município venha sendo retratado pelo governo como um oásis em meio à grave crise financeira do Estado e de outros municípios, são muitos os sinais da real situação. Ontem, por exemplo, a antiga Ampla cortou a luz da sede por falta de pagamento das faturas em atraso, de acordo com nota da empresa. Várias tentativas de negociações teriam sido feitas, mas sem sucesso.   Luz vermelha Leite especial destinado a crianças com alergia alimentar também faltou de novo. Ontem, voltaram a ser distribuídos, mas com uma exigência, no mínimo, estranha: A assinatura de um recibo com data de 1º de dezembro, a quantidade de latas distribuídas, insuficiente para um mês, também foi alvo de reclamações. Faltando energia e alimento, a saúde financeira do município parece muito perto do vermelho.   Cheque sustado Enquanto isso, a atual bancada governista continua atuando como se fosse uma extensão do governo municipal. A atual prefeita teve, em seus oito anos de mandato, um “cheque em branco” de 50% a título de suplementação. Ontem, os rosáceos apresentaram emenda modificativa propondo redução para 15%. A oposição, que sempre defendeu 20%, ficou alerta. O percentual proposto, se aprovado, pode dificultar, e muito, o governo Rafael Diniz.   Só na promessa A bandeira branca prometida pelo presidente Edson Batista ao governo eleito de Rafael Diniz não durou muito.  Bastou a prefeita Rosinha (PR) aparecer e convocar reunião para que a postura dos rosáceos mudasse. Até em relação às sessões da Câmara, que vinham evitando. As sessões voltaram, mas com uma verdadeira “armadilha” para 2017.   Heranças Além de não saber a real situação financeira da Prefeitura, Rafael Diniz terá que enfrentar o que já sabe: a herança dívida da venda do futuro, que deu gás ao governo Rosinha pouco antes da eleição. Além disso, herdará contratos aditivados, alguns que tomarão todo o primeiro ano de seu governo. Se 2016 foi difícil, a tendência é que 2017 seja muito mais.   Um fenômeno A madrugada chegou ontem fazendo do sonho um pesadelo, que fez o mundo inteiro acordar para um fenômeno chamado Chapecoense. O mesmo mundo dormiu sem entender as consequências de uma tragédia de dimensões ainda imensuráveis. A queda do avião da delegação do Verdão do Oeste de Santa Catarina matou além das 71 pessoas, entre jogadores, diretoria, convidados, tripulantes e jornalistas, que seguiam no voo para um sonho na Colômbia. Feriu também muito mais do que os seis sobreviventes.   Uma dor O clima de luto e emoção encheu não só a cidade de Chapecó, onde os mais de 200 mil habitantes viviam um sonho, mas também várias cidades do país, inclusive Campos, que também perde um “filho” e decretou luto de três dias.  O atacante campista Bruno Rangel era ídolo e maior artilheiro da história da Chapecoense. Como bem ressaltou ontem o escritor Fabrício Carpinejar: “Não duvido que um país inteiro não tenha definhado junto em Rionegro, perto de Medellín, na Colômbia. Jamais contaremos os mortos da tragédia. Jamais saberemos ao certo o número de mortos. Somos hoje todos desaparecidos”.  

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    Suzy Monteiro

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