A confusão das listas das escolas fechadas pelo Estado
Nino Bellieny 23/11/2016 19:45

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DO BLOG PRETO NO BRANCO

Editado Por Camilla Silva- Folha Online

Estado se “explica” ignorando fatos ocorridos este mês e tentando confundir sobre listas

A secretaria de Educação do Rio de Janeiro emitiu nota sobre a listagem publicada com o nome de mais de mil instituições escolas públicas estaduais que foram extintas. Segundo a assessoria trata-se de fechamentos realizados nos últimos 40 anos pelo órgão e que, em sua maioria, são de unidades privadas. Sobre a resposta, publicada integralmente ao fim da postagem, é necessário fazer dois esclarecimentos: Escolas extintas no passado: Na postagem “Estado sobre escola de Cambuci: ‘Sua escola acabou de acabar'”, são mostrados dois casos em que as medidas foram tomadas nesse mês. a)  O fechamento do Colégio Estadual Professor Manoel Gonçalves Ramos Junior, em Cambuci, foi informado na última semana. b) Também na semana passada, alunos e funcionários da Escola Estadual Leôncio Pereira Gomes, em São Sebastião, na Baixada Campista, realizaram uma manifestação contra a decisão de municipalizar da escola. Além disso, têm as unidades de Ensino Supletivo, apontada pela coordenadora da Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (SEPE-RJ), Graciete Santana, como uma das áreas mais afetadas pelas medidas. Várias unidades do Ensino Supletivo (Escola de Jovens e Adultos) indicadas no documento estava em funcionamento ainda neste ano, como é o caso das Escolas Estaduais Nilo Peçanha e João Pessoa, no centro de Campos. A informação de que a maioria das escolas são privadas não muda o número de escolas públicas extintas: mais de mil. A lista que foi publicada no site, e que agora só pode ser vista no link do blog, trata apenas de escolas públicas. As escolas da rede privada foram enumeradas em lista separada divulgada na mesma página. Por que tiraram do ar? Por fim, temerária a atitude de órgão publico em divulgar um documento OFICIAL e depois tirá-lo do ar. Se não fosse o cuidado de publicar a lista em uma plataforma própria, ela não estaria mais disponível para consulta pública. Se a assessoria precisou de mais de 7 horas para conseguir explicar (de forma bastante questionável) a medida, que o fizesse sem precisar usar o artifício de tornar a página indisponível. Um leitor chegou a questionar a veracidade do documento, pois não estava em nenhum “site confiável”. Espero que a nota da pasta reconhecendo a existência da lista seja o suficiente para dar credibilidade a este blog. Veja a nota oficial: “A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) esclarece que a listagem informada refere-se a unidades escolares que foram extintas no passado – algumas na década de 1970 -, ou seja, não são novos encerramentos de atividades. Vale lembrar que, em sua maioria, inclusive, são escolas privadas.  A publicação tem o intuito de atender a uma legislação federal que prevê a divulgação dessas informações de interesse público”. 

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