As Invasões De Mentes
Nino Bellieny 10/11/2016 22:23
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Artigo de Guilherme Fonseca Cardoso
Passado o processo de impeachment e as eleições municipais, cujo resultado das urnas parece ter esfriado a narrativa de que não havia legitimidade no afastamento de Dilma e que tudo não passava de um “golpe”, as energias agora se voltam contra as medidas de arrumação propostas pelo Governo Temer.
No velho estilo do quanto pior melhor, a oposição, que foi governo por treze anos, vem trabalhando junto à opinião pública uma estratégia para enfraquecer politicamente as medidas do governo para pôr a casa em ordem.
O desajuste fiscal, os milhões de desempregados e a inflação não são obra do acaso, mas resultado do populismo sem vergonha que promete almoço grátis, quando ele não existe.
A PEC 241, já aprovada em dois turnos pela Câmara Federal, é a bola da vez. Aliás, diga-se que a medida foi defendida por Dilma quando ainda era presidente. Quanto a isso, alguns setores políticos não se recordam, porque o objetivo é partidarizar o tema.
O mais lamentável disso tudo é a utilização dos estudantes como massa de manobra. Tanto a PEC 241, quanto a reforma do ensino médio, estão sendo utilizadas para justificar a invasão de escolas e universidades por uma minoria que quer se impor sobre a maioria.
Reconhecemos que, as invasões das escolas ganham mais projeção na imprensa pelos desdobramentos, com prejuízos para milhões de estudantes que sequer aderiram, do que pela quantidade de manifestantes.
Se opor sobre as propostas do governo e debater em defesa daquilo que se considera a melhor alternativa é válido numa democracia, isso inclui o respeito ao direito dos estudantes que não querem aderir às invasões para assistirem aula. No entanto, o que coloca em descrédito a legitimidade de certos movimentos ditos sociais é a parcialidade explícita, bastando observar o histórico de ações ou omissões.
Quando o governo Dilma falou a respeito do “Teto dos Gastos” e determinou cortes bilionários na educação, não se registrou mobilizações notáveis.
No primeiro ano do segundo governo, cujo lema foi “Pátria Educadora”, Dilma Rousseff determinou um corte de 10% no orçamento da pasta da educação. Em relação ao número cargos comissionados e Ministérios, que somavam 39, nenhum gesto de redução. Outro exemplo do mau uso do dinheiro público que poderia ter ido para a educação e saúde é o inchaço da máquina com a criação de estatais. Durante os governos petistas foram criadas 43, deste total, 41 permaneceram, e dessas, 28 acumularam prejuízos aos brasileiros de R$ 8 bilhões.
O PT foi o partido que mais tempo esteve no poder após o retorno das eleições diretas para a presidência da república. Certamente, também foi o partido que mais apoio popular e político desfrutou para a realização de importantes e necessárias reformas, mas nada fez. Optaram por dar seguimento ao velho jogo da velha política tão combatida pelo partido nos seus primeiros anos, o que fez despertar um sentimento de esperança em milhões de brasileiros que acreditaram no projeto político do partido, quando na verdade tudo não passava de um projeto de poder.
Agora, querem retomar o discurso como se nós não os conhecêssemos e como se eles não tivessem nenhuma responsabilidade pelos apuros que os brasileiros estão passando e ainda passarão.
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*Guilherme Fonseca Cardoso, é arquiteto urbanista e especialista em gestão pública.

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