Cabral diz que Pezão respondia por reforma do Maracanã
Arnaldo Neto 22/11/2016 12:57
[caption id="attachment_5485" align="alignleft" width="300"]Arquivo Arquivo[/caption] O atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), foi citado duas vezes no depoimento do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), prestado à Polícia Federal (PF) e protocolado na segunda-feira (21), na Justiça Federal do Paraná. Nos depoimentos, Cabral respondeu que a reforma no estádio do Maracanã começou quando o atual governador, Pezão, era secretário de Obras do estado. Ele comandou a pasta entre os anos de 2007 e 2011, quando era vice de Cabral. O ex-governador foi preso (aqui) na última quinta-feira (17) sob a acusação de comandar um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 224 milhões dos cofres públicos do Rio. Segundo Cabral, Pezão tinha contato com o empresário Fernando Cavendish e outros empreiteiros que tratavam com a secertaria de Obras. Cavendish era o dono da construtora Delta, responsável por parte das obras do estádio. Ele é acusado de pagar propina para ganhar os contratos e de lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, Cabral é suspeito de cobrar proprina de empreiteiras para fechar contratos de obras com o estado. As principais obras fraudadas são: reforma do Maracanã (custo total de R$ 1,5 bilhão), PAC das Favelas (custo de R$ 1,14 bilhão) e Arco Metropolitano (custo de R$ 1,55 bilhão). Durante o depoimento, ele ainda se disse indignado com as denúncias e afirmou ter a "consciência tranquila quanto às mentiras absurdas". Pezão não quis comentar as citações ao seu nome. As suspeitas contra Ségio Cabral, segundo o MPF: – O ex-governador é suspeito de chefiar um esquema de desvios em obras do governo estadual feitas com recursos federais entre 2007 e 2014. Ele cobraria propina de empreiteiras para fechar os contratos. – Segundo o MPF, a propina exigida pelo ex-governador era de 5% por obra, mais 1% da chamada "taxa de oxigênio", que ia para a secretaria de Obras do governo, comandada na época por Hudson Braga. – De acordo com os procuradores, Cabral teria recebido "mesada" de R$ 350 mil da Andrade Gutierrez por pelo menos um ano. Da Carioca Engenharia, a "mesada" seria de R$ 200 mil no primeiro mandato, e de R$ 500 mil, no segundo. – Só da Andrade Gutierrez, Cabral teria recebido R$ 2,7 milhões em espécie por contrato em obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) entre os anos de 2007 e 2011. Fonte: G1

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