Aijes com poucas movimentações
Suzy Monteiro 18/10/2016 09:22 - Atualizado em 18/10/2016 09:23
Michelle Richa
Prefeita de Campos, Rosinha Garotinho/Michelle Richa
Seguindo os ritos judiciais, as 37 Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) propostas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra candidatos à Câmara de Vereadores de Campos, da base governista, tiveram pouca movimentação nessa segunda-feira (17). A mais significativa foi a que tem o vereador Jorge Magal (PSD), que foi reeleito, como réu. Os autos, que estavam com seu advogado, retornaram e foram enviados para apreciação do MPE.
Além de Magal, são investigados os candidatos eleitos Jorge Rangel (PTB), Thiago Ferrugem (PR), Kellinho (PR), Thiago Virgílio (PTC), Ozéias (PSDB), Roberto Pinto (PTC), Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Vinicius Madureira (PRP), Linda Mara (PTC) e Miguelito (PSL). Eles foram denunciados por possível utilização do Cheque Cidadão em troca de votos. O MPE pede cassação do diploma ou mandato, caso confirmadas as irregularidades.
Um movimento na internet pede que a Justiça julgue com rapidez as ações. O abaixo assinado virtual parece ter perdido um pouco da empolgação do início e continua na faixa de sete mil nomes.
Além das 37 Aijes, existe outra, que tem a prefeita Rosinha (PR), o vice-prefeito e candidato à sucessão, que não foi eleito, Dr. Chicão (PR), o vereador e candidato a vice, Mauro Silva (PSDB), além da ex-secretária de Desenvolvimento Ana Alice Alvarenga e a ex-coordenadora do programa Gisele Koch. Nesta, houve nessa segunda-feira a citação da empresa Vale Card.
De acordo com o MPE, houve “um grande esquema organizado pelos atuais gestores públicos (...) para a obtenção de votos em favor de candidatos por eles apoiados. Em troca, por meio de cabos/apoiadores eleitorais a eles ligados, são oferecidas inscrições fraudulentas no programa social Cheque Cidadão”.
A Polícia Federal prendeu Ana Alice e Gisele durante a operação Vale Voto, em 23 de setembro, por suspeita de participação no esquema. Elas ficaram presas por uma semana.
Depois das primeiras denúncias e operações da PF e MPE em casa de vereadores e até prisão de um deles — Ozéias — a prefeita Rosinha criou uma comissão para investigar as denúncias. Porém, findo o prazo, nenhum dado foi levantado, até porque a secretária e a coordenadora presas eram integrantes da comissão. Um novo grupo foi formado, com prazo de mais 30 dias para apurar, agora com o novo secretário de Desenvolvimento Humano, Henrique Oliveira, como presidente.

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