Vitória histórica (I) A eleição de Rafael Diniz como prefeito de Campos, em 1º turno, com 151.462 votos, equivalentes a impressionantes 55,19% dos votos válidos, entra, desde já, para a história da política campista. Com pouquíssimo tempo de TV, poucos partidos em sua coligação, pouco dinheiro para a campanha, Rafael inovou e quebrou vários paradigmas nessa eleição. Apostou forte nas redes sociais, na sola de sapato e no fazer diferente para poder derrotar a máquina da Prefeitura comandada por Anthony Garotinho. Vitória histórica (II) Vários fatores contribuíram para a sua histórica vitória. O mandato aguerrido como oposição ao atual governo, ousando enfrentar a máquina e o seu líder maior. A bela campanha assinada por ótimos profissionais de Campos. A garra de sua equipe, pequena, fato que gerou críticas inicialmente, mas coesa e vibrante. A sua capacidade de oratória, que o fez se sobressair nos debates, em especial no decisivo da InterTv Planície. O seu carisma. O cansaço da população com 28 anos de domínio dos Garotinhos. Vitória histórica (III) Rafael Diniz venceu nas sete Zonas Eleitorais. Venceu nas áreas nobres, venceu na periferia, venceu no interior. Em zonas da “pedra”, teve 70,52% dos votos na 98ª, 67,05% dos votos na 99ª e 62,9% dos votos na 249ª. Venceu em Guarus, reduto tradicional dos Garotinhos, com 54,82% na 76ª zona eleitoral, contra 29,53% dos votos para Dr. Chicão. Venceu na Baixada, com 42,03% dos votos na 75ª zona. Venceu no norte do município, na 100ª zona, com 45,02% dos votos, a mais apertada. Uma vitória inconteste! Líder nas pesquisas Nas pesquisas sérias feitas na cidade, divulgadas no penúltimo final de semana, Rafael Diniz liderava em todas, com vantagem sobre Dr. Chicão, mas em empate técnico dentro da margem de erro. O Pro4, único que fez boa série histórica, detectou esse crescimento vertiginoso de Rafael no último mês e sua onda verde para fazer diferente. Mas todos os institutos apontavam a necessidade de 2º turno. Sabia-se que era possível a eleição se decidir ontem, mas não era o provável. Semana negra A campanha de Dr. Chicão teve, em sua reta final, só fatos negativos. A marcação cerrada da Justiça Eleitoral impedindo o uso indevido da máquina e dos programas sociais para tentar reverter a eleição. A descoberta do uso indiscriminado do Cheque Cidadão, com 18.000 novos cadastros para uso eleitoral. O mau desempenho no debate da InterTV Planície. O uso eleitoral da rádio do grupo político, tirada do ar por três vezes na última semana. Os ataques a todos, de baixíssimo nível, por Anthony Garotinho, no pouco tempo em que a sua rádio ficou no ar. A decisão de não pagar Cheque Cidadão a ninguém, mesmo com 12.000 deles liberados, para atribuir culpa à oposição. Desidratou A verdade é que a campanha de Dr. Chicão desidratou na reta final. Ele acabou tendo 81.989 votos, equivalente a 29,88% dos votos válidos, bem menos do que todas as pesquisas apontavam. Caio Vianna fez 31.360 votos, alcançando 11,43% dos votos. Nildo Cardoso acabou ficando em 4º lugar, com 5.446 votos (1,98%), tendo menos votos do que a sua eleição para vereador em 2012, quando fez os 6.339 votos que lhe deram a maior votação. Geraldo Pudim se libertou de Garotinho, fez forte e fundamentada oposição, mas acabou amargando um 5º lugar, com 2.160 votos (0,79%). Rogério Matoso fez 2.011 votos (0,73%). Poder feminino As mulheres dominaram as eleições em boa parte das prefeituras da região: são cinco novas prefeitas. Carla Machado (PP) teve acachapante vitória sobre Neco (PMDB) em São João da Barra, com 73,02% dos votos, e retomou a Prefeitura. Fátima Pacheco (PTN) derrotou Armando Carneiro (PSB) em Quissamã com sobra, com 46,03% dos votos contra 35,14%. Francimara (PSB) derrotou o prefeito Pedrinho Cherene (PMDB) por apenas 113 votos em São Francisco de Itabapoana. Christiane Cordeiro (PP) venceu com folga em Carapebus, com 61,12% dos votos. Em Italva, Margareth do Joelson (PP) venceu Léo Pelanca (PSC) por apenas 141 votos.