Ponto Final: Expectativa sobre Ações dos eleitos sub judice
Suzy 17/10/2016 11:00
Ponto-final  

Expectativa

É grande a expectativa em torno das ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), movidas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) contra 37 candidatos a vereador do grupo governista, 11 deles eleitos. Isso, porque, a falta de decisão (ainda que caiba recurso em outras instâncias) gera insegurança política a respeito da nova composição da Câmara. De outro lado, não se pode querer que etapas judiciais não sejam cumpridas. A Justiça Eleitoral já prometeu rapidez, mas observando todos os ritos. Algumas Aijes estão para conclusão desde o dia 11 e devem ter movimentação significativa esta semana.

Estatística da vida real

A Folha da Manhã de ontem trouxe como manchete uma lamentável estatística: Uma pessoa é assaltada a cada seis horas em Campos. De acordo com dados oficiais do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), até agosto de 2016, 997 casos foram registrados nas 134ª e 146ª delegacias de polícia da cidade, mais do que o dobro se comparado ao mesmo período do ano passado. Os números também indicam que um veículo é roubado a cada dois dias e que oito roubos em estabelecimentos comerciais, dois em residências e três de carga são registrados por mês.

Violência

O problema é recorrente e não se limita a assaltos a pedestres, há outros casos de furtos e arrombamentos que alarmam em diversos bairros. Um exemplo é a falta de segurança nas proximidades do Instituto Federal Fluminense (IFF), onde há, também, duas instituições de ensino particular. No início do ano letivo, uma estudante foi violentada quando ia para a aula. Em 2015, um aluno foi vítima de latrocínio. Em menores gravidades, outros crimes acontecendo nas imediações, afetando não apenas alunos, mas também moradores e comerciantes.

Triste recorde

Semana passada, uma lanchonete na rua Doutor Siqueira, próxima ao cruzamento com a rua Padre Romeu Pedruzzi, no Parque Tamandaré, foi furtada pela 10ª vez. O proprietário do local, José Carlos Maciel, relatou que os criminosos levaram câmeras do circuito interno de segurança, um ar condicionado que estava lacrado e um compressor de água de lavar chão. Além disso, arrombaram portas e levaram mercadorias. Abandono O proprietário do estabelecimento disse que o criminoso entrou por um buraco na parte de trás da parede de um prédio abandonado que teve a construção paralisada. Segundo ele, vários consertos foram feitos para tapar o buraco em questão, mas, devido à falta de policiamento na área, os furtos continuariam acontecendo.

Geral

A respeito desse prédio, a reclamação é geral: Com as obras paralisadas por uma disputa judicial, a construção abandonada também serve de refúgio, uma vez que usuários de drogas a utilizam. No prédio há roupas, garrafas de plástico, roupas de cama e carteiras de cigarro. Um morador de um condomínio próximo ao local, de 33 anos, confirmou à Folha o sentimento de insegurança: “Até passo por aqui à noite, mas com muita precaução. Mas minha família não passa. É muito perigoso”.

Falando em violência...

O governador em exercício Francisco Dornelles se reúne hoje (17) com o futuro secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, na próxima segunda-feira (17.10), às 11h30, no Palácio Guanabara. Roberto Sá assume a secretaria com a difícil tarefa de substituir José Mariano Beltrame, que passou uma década à frente da Pasta e solucionar a questão das UPPs, em um Estado em grave crise financeira.

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