Dívidas e aumento em gastos: Herança para o próximo prefeito
Suzy 04/10/2016 12:59
O economista Ranulfo Vidigal analisou o balanço orçamentário, publicado no D.O. do dia 3 último e assinado pela prefeita e pela contadora geral da municipalidade. Segundo o economista, os números provam que o prefeito eleito Rafael Diniz encontrará grave situação financeira no município. Acompanhe abaixo:
Eis os principais aspectos: Explicita uma dívida contratada que fica para as próxima administrações de R$ 728,6 milhões. Reconhece uma Receita Corrente Líquida de apena R$ 1,571 bilhões realizada nos doze meses encerrados em agosto de 2016. Essa é a arrecadação efetiva que, em princípio, o próximo prefeito pode efetivamente contar. Revela que o gasto com pessoal já atingiu em agosto 51,59%, ou seja, já ultrapassou o limite de alerta que é de 48,6%, bem como o limite prudencial que é de 51,30% e caminha aceleradamente para o limite máximo definido na LRF que é 54% e força o dirigente a tomar medidas drásticas como demissão de cargos em comissão e podendo chegar a pessoal fixo. A despesa contratada para 2016 é de R$ 2,4 bilhões, contra uma arrecadação máxima de R$ 1,6 bilhões e a diferença foi coberta com endividamento, a ser pago em 10 anos a juros de 19% ao ano, garantidos por produção futura de royalties do petróleo. Este ano, até agosto, houve uma aceleração do gasto ( pelas eleições). Em pessoal fixo+assessores cresceu 8%; com custeio da máquina, onde se inclui as contratações terceirizadas, cresceu 50% e nas obras tiveram um gasto adicional de 10%, em relação a 2015. A PMCG vai gastar este ano 664 milhões com saúde; 348 milhões com educação; 65 milhões com os programas sociais; 83 milhões com coleta de lixo; 37 milhões com a tarifa a 1 real. Resumo da ópera: Uma sinuca de bico para o grupo que chega cheio de esperanças e gás.
 

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    Suzy Monteiro

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