Campos tem prefeita por liminar e Câmara com "folga" na semana
Arnaldo Neto 31/10/2016 11:14
Ponto-final1 Dúvidas em Campos A semana do campista começa confusa com relação a quem é o prefeito da cidade. Rosinha Garotinho (PR) continua no cargo por uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determina sua cassação somente depois dos embargos julgados e publicação do acórdão. Na sexta, ela teve o recurso negado pelo colegiado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A Corte regional vai julgar agora os embargos de Dr. Chicão, vice-prefeito. A previsão é que isso aconteça nesta segunda-feira (31). Em caso de mais um revés, a cassação é mantida, mas cabe recurso no TSE.   Câmara sem sessão Com dois vereadores presos — Thiago Virgílio (PTC) e Kellinho (PR) —, além de outros dois recém saídos da cadeia — Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL) —, após habeas corpus do TSE, a Câmara de Campos não terá sessão nesta semana. A motivação, porém, não tem relação com as investigações da operação Chequinho. Na quarta-feira, 2 de novembro, é feriado (Finados). Amanhã será recesso. Se bem que neste ano a Casa parece viver em constante recesso. Não foram muitos os debates. E a maioria deles só quando era conveniente ao Executivo.   Sem surpresas Como já apontavam todos os institutos de pesquisa, Marcelo Crivella (PRB) foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. Mas o que fica desse pleito é o alto índice de abstenção. Teve mais carioca que deixou de votar (1,3 milhão) do que eleitor de Marcelo Freixo (Psol) — 1,16 milhão. E, pior ainda, a soma da abstenção com brancos e nulos (2 milhões) é superior ao número de votos do candidato eleito. Nem isso foi surpresa. Não é de hoje que o eleitorado da capital demonstrava desinteresse com as opções para a Prefeitura. Foi assim no primeiro turno, cresceu no segundo.   Foragida A vereadora eleita Linda Mara (PTC), ex-secretária particular da prefeita Rosinha Garotinho (PR), teve a prisão temporária decretada desde a última quarta-feira. É considerada foragida. Ainda há quem escreva que a vereadora eleita “não foi encontrada”. Será que de quarta até ontem ela não ficou sabendo que a Polícia Federal a procura por suposto envolvimento no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por voto? E se não foi encontrada, é porque está escondida. Onde será?   Novas fases A delegada Carla Dolinski, da Polícia Federal de Campos, já deixou claro que as investigações da operação Chequinho serão desdobradas em muitas fases. Pelo menos 39 são investigados por suposto uso do Cheque Cidadão em troca de votos, sem respeitar os critérios técnicos do programa de transferência de renda. E quanto a quem comandava o suposto esquema, sem muitos detalhes, ela só diz que está sendo apurado. E como teve prisão até no último sábado, de Thiago Virgílio, não é de se espantar que novos fatos ocorram a qualquer momento.   Recuperação e retorno O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), afastado do cargo desde março para o tratamento de um câncer raro, retoma as funções amanhã. Em entrevista exclusiva ao jornal O Globo, publicada na edição de ontem, Pezão diz estar ciente das dificuldades que o Governo enfrenta, disse: “Quero me ver melhorar e ver melhorar o Estado”. Essa melhora, segundo o governador, só virá com o crescimento da economia e a geração de empregos.   Calamidade Apesar do otimismo, Pezão volta no mesmo dia em que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota o projeto de lei que reconhece a calamidade pública econômica. Prevista inicialmente para a semana passada, a votação foi adiada devido à apresentação de 57 emendas. Da região, o parlamentar Bruno Dauaire (PR) defende que, apesar da crise, é fundamental assegurar os direitos dos servidores, sem redução de salários, tampouco demissões. Publicado na edição desta segunda-feira (31) da Folha da Manhã. 

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