Novela da cassação com novos capítulos que agradam a quem?
Arnaldo Neto 29/10/2016 11:14
Ponto-final1 Recomeça a novela O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reabriu a novela sobre a cassação de Rosinha Garotinho (PR) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na campanha de 2012. Ao julgar e negar os embargos apresentados por Rosinha, a Corte mantém a decisão da última segunda-feira que cassou os diplomas da prefeita e do seu vice, Dr. Chicão (PR). Ela continua no cargo até que o acórdão seja publicado no Diário Oficial, conforme determina uma liminar expedida na quinta-feira pelo ministro substituto Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).   Próximos capítulos Tão previsíveis como os momentos finais dos dramalhões mexicanos, na próxima semana será publicado em DO a decisão do TRE; um ofício será enviado ao juízo da 99ª Zona Eleitoral de Campos; o juiz Eron Simas encaminhará documento ao presidente da Câmara, Edson Batista (PTB) para que tomes as medidas cabíveis; Edson vai encaminhar o documento à Procuradoria da Casa, que encontrará uma brecha para que ele não assuma a Prefeitura. Nesse interregno, a defesa da prefeita tenta outro recurso em Brasília para mantê-la no cargo.   Interessa a quem? Este fim de governo, melancólico e desgastante, está bem distante do que a ampla maioria dos campistas demonstrou nas urnas querer para a cidade. O processo contra Rosinha, arrastado desde 2012, causa mais um momento de instabilidade no município. De 2004 a 2016, foram nove episódios nos quais o campista ficou sem saber quem era o prefeito. Em alguns casos, a mudança de comando durou apenas horas.   Unânime? Daqui a pouco mais de dois meses o governo Rosinha acaba. Foram dois mandatos, mas não haverá continuidade do grupo político. E isso sem a necessidade de intervenção da Justiça, sem recursos, sem manobras. Caso haja alguma unanimidade entre os campistas, tanto da parte dos que votaram pela ruptura de um modelo político, tanto por aqueles que apostaram na continuidade dele, pode ser a que a instabilidade no comando da Prefeitura não traz benefício nenhum. Pelo contrário, alimenta a descrença do cidadão nas instituições e no sistema político.   Escondido Em tempos de operações da Polícia Federal, até quem, aparentemente não deve, teme. Na última quinta-feira, por exemplo, os policiais federais chegaram logo cedo à casa de um político. Ao vê-los, uma mulher foi logo dizendo que ele não estava. Só depois de os policiais garantirem que não se tratava de prisão e sim de um documento que precisava ser entregue, ela capitulou e disse que, talvez, a pessoa estivesse no banho. Pouco depois, o político apareceu e recebeu a notificação. Duplo alívio: realmente não era prisão e a notificação era a respeito de um colega.   Paraíba pede socorro O rio Paraíba do Sul é uma veia de vida para três dos quatro Estados da Região Sudeste. Longos debates e ações pouco práticas podem ser verificadas ao longo do tempo. Agora, uma Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) volta a se debruçar sobre a pauta e uma reunião foi realizada na última quinta. Segundo estudo apresentado por este grupo de trabalho, o Paraíba despeja esgoto pelos 184 municípios pelos quais passa em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Campos e São João da Barra são os municípios que ficam como acumulado.   Quem quer dinheiro? A Mega-Sena acumulou novamente e vai sortear hoje um prêmio que pode chegar a R$ 75 milhões. O sorteio será a partir das 20h (horário de Brasília). Em Campos, aos sábados, as casas lotéricas funcionam até às 12h. Hoje, às filas devem estar maiores.   *Com a colaboração dos jornalistas Suzy Monteiro e Antunis Clayton. Publicado na edição deste sábado da Folha da Manhã. 

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