Três datas uníssonas...
bethlandim 14/10/2016 20:42

Esta semana foi rica em comemorações...

três datas que uníssonas significam o futuro e a história de um povo... interligadas pela vida, que se traduzem em liberdade, autonomia, conhecimento e plenitude espiritual...

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Comemoramos a criança, que em sua pureza, singeleza, sinceridade e transparência de sentimentos, nos ensina que a vida é rica e simples! As crianças não discriminam, não separam, não julgam, pelo contrário, agregam e se solidarizam, encontram na simplicidade respostas e pontes que tornam o caminho mais acessível. O sorriso da criança, sua entrega, seus sonhos, são tão reais e palpáveis que nos trazem fé na vida! Me lembro de uma passagem, no interior do Nordeste com a seca castigando, quando uma mãe chamou a filha para irem a igreja rezar. E então a filha foi até o quarto para pegar seu guarda-chuva, ao chegar a sala, a mãe perguntou: - Mas para que você levar esse guarda chuva se não está chovendo? E então ela respondeu: - Se vamos pedir a Nossa Senhora para chover, vou levar o guarda chuva, pois irá chover!!!

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A pureza se mistura à fé, e então, reflito sobre o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que comemoramos no mesmo Dia da Criança... Nossa Senhora nos traz humildade, a confiança irrestrita em seu filho Jesus, a mulher que agregou os apóstolos para vivermos uma fé viva em Jesus de Nazaré! É como nos diz o Papa Francisco... "As crianças são um sinal de esperança, sinal de vida, mas também sinal de "diagnóstico" para compreender o estado de saúde duma família, duma sociedade do mundo inteiro. Quando as crianças são acolhidas, amadas, protegidas, tuteladas, a família é sadia, a sociedade melhora, o mundo é mais humano". Que possamos sempre enxergar com olhos de pureza, sinceridade, simplicidade e solidariedade... os sinais do mundo, percebendo a importância da fé, de professar o conhecimento e de agirmos com a liberdade de uma criança que busca sempre uma convivência sincera e um mundo pacífico, que tenha as cores do arco íris, refletida em cada um de nós.

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Comemoramos também o Dia do Professor...

Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta. Enquanto professores, somos mágicos, ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a vida pessoal. Somos atores, somos atrizes, que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao conviver com tantas performances. Somos médicos, ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família, pela carência de tempo de viver a própria infância. Somos psicólogos, ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura, que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer. Somos faxineiros, ao tentarmos lavar a alma dos pequenos, das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heroicos ao mesmo tempo. Somos arquitetos, ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem sabemos se adequados. Ao parar e pensar, talvez seja possível encontrar, em cada profissão existente, um traço de nós professores. Por isso, apesar de sermos muitos... somos um só... múltiplos na unidade e únicos na multiplicidade... somos professores ... educadores que professam sua fé no Humano.

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Para refletirmos sobre essas datas, compartilho a Metáfora do Lápis... O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou: — Vovó! A senhora está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E, por acaso, é uma história sobre este seu neto? A avó parou de escrever a carta, sorriu e comentou com o netinho: — Estou escrevendo sobre você, é bem verdade, entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. — Mas ele é igual a todos os outros lápis que vi em minha vida! A avó, pacientemente, então explicou: — Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, fará de você sempre uma pessoa em paz com o mundo... 1ª Qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à sua vontade. 2ª Qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo e usar um apontador. Isso faz com o lápis sofra um pouco, mas no final, ele estará mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor. 3ª Qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho do bem e da justiça.  4ª Qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. Finalmente, a 5ª Qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços. Portanto, procure ser consciente e grandioso em cada ação realizada. Pois é... uma metáfora simples, mas que instiga! Propicia a reflexão e convida a não temer a prática revisionista, afinal, mudança é antes de tudo um ato de bravura. Por vezes é preciso saber usar a borracha... não alimentar a dor. E a alma, feito o grafite, precisa sobreviver às intempéries, principalmente com atitudes de humildade e lealdade. Feito isso, certamente seremos incansáveis na arte de lançar traços por onde a estrada nos levar e, ao longo do tempo, uma aquarela multicores espelhará o ser que nunca se cansa de aprender: haverá sempre um traço novo a ser realizado!

Pink roses

Termino parafraseando Fernando Sabino... “Da caminhada ficam três coisas: a certeza de que estamos sempre começando.... a certeza de que precisamos continuar... a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar... Assim, o exercício da aprendizagem convida a fazer da interrupção um caminho novo... da queda, um passo de dança... do medo, uma escada... do sonho, uma ponte... da procura, um encontro. Os passos não podem ficar adormecidos na estrada...”

Com afeto,

Beth Landim

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