QUEM DISSE QUE EU PRECISO DE VOCÊ ?
Nino Bellieny 07/09/2016 15:21
Artigo de Charles Ferreira Machado* Na atual conjuntura, onde a cada dia mais e mais vem se acentuando a judicialização da política, confesso que sinto saudades da época em que a eleição era definida apenas e tão somente pelo voto, onde a soberania popular estava acima dos Tribunais. Atingimos tamanho desiderato que, nos dias atuais, antes mesmo do candidato mandar imprimir um simples “santinho” para sua propaganda, necessita consultar um operador do direito. Vez que, a ausência de um mero símbolo ou número fora do lugar, pode significar que toda à árdua jornada efetuada durante a campanha, a vitória nas urnas, e até mesmo a diplomação, não sejam capazes de assegurar o exercício do mandato eletivo até o fim. De certo que, os candidatos, partidos e coligações, devem se socorrer de um Advogado com um mínimo de conhecimento eleitoral para assessorá-los, sob pena de como já dito, ganhar e não levar, o que trará uma grande decepção aos simpatizantes. 0dedo Um simples processo pode virar um assombroso monstro, uma espada de Dâmocles sobre à cabeça dos aspirantes aos cargos eletivos, dependendo é claro, da forma que é conduzido. A judicialização antes de tudo, continua sendo uma forma indireta de ascender ao cargo eletivo, bastando trabalhar apenas e tão somente às falhas deixadas pelos oponentes. Contudo, essa filosofia (judicilização) que infelizmente superou a própria essência da política, está com os dias contados, haja vista que,  até então todos os postulantes buscavam judicializar a campanha, como vem ocorrendo no atual pleito municipal, com o fito de que mesmo perdendo nas urnas, acaso o titular do mandato seja apeado, o segundo mais votado assumir o Poder Executivo. Todavia, com a reforma política, essa vã esperança acabou. Vez que, atualmente, está previsto nos casos de destituição do titular do cargo majoritário, desde que, faltem mais de 06 meses para o fim do mandato, sejam realizadas novas eleições; condição vigente no pleito de 2016. Nesta moldura, a judicialização, deixou de ser o caminho mais curto para o segundo colocado ascender ao cargo de Prefeito; portanto, fica a dica, leva a campanha para às ruas, e encha às urnas de votos. Posto que, somente assim, poderá exercer o cargo de Prefeito, com menos instabilidade, enquanto seus adversários, esperneam nos Tribunais buscando reverter a verdadeira vontade popular emanada do voto. Enfim, quem disse que eu preciso de você ? Charles é Advogado  

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