Candidatos guardam dinheiro à moda antiga
Arnaldo Neto 04/09/2016 11:13
Ponto-final1   Dinheiro na mão Muitos candidatos a prefeito declararam à Justiça Eleitoral que guardam dinheiro à moda antiga. Em Campos, Dr. Chicão (PR) declarou ter R$ 250 mil em espécie, enquanto em sua conta corrente tinha apenas R$ 100. Já Rafael Diniz (PPS) informou ter em espécie R$ 90 mil. Os outros candidatos não declararam ter em mãos o chamado dinheiro vivo. Nenhum dos campistas, porém, chegou perto de Chico Machado (PDT), candidato a prefeito de Macaé. Ele declarou guardar “debaixo do colchão” nada menos que R$ 2,3 milhões.   “Especialistas” de ocasião O advento das redes sociais deu voz a muita gente especializada que nem sempre tinha espaço na mídia convencional para opinar sobre assuntos dos quais é profundo conhecedor. No entanto, deu voz também a muitos “especialistas” de ocasião. Como acontece com o futebol em época de Copa do Mundo, o assunto agora é política. Na democracia irrefreável das redes sociais foi possível ler boçalidades após o impeachment de Dilma Rousseff tanto para expressar contrariedade, quanto comemoração.   Pesquisas sem registro Também nas redes sociais, tem muita gente anunciando possíveis pesquisas eleitorais sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Realizar pesquisas internas é prática recorrente entre candidatos e partidos, mas a divulgação delas é proibida. Vale lembrar que está registrada no site do TSE mais uma pesquisa do Instituto Pro4 sobre a sucessão municipal em Campos. É a primeira realizada após o início da propaganda eleitoral e será divulgada pela Folha da Manhã nos próximos dias.   Coisas de SJB A disputa política em São João da Barra é polarizada e visceral, quase obriga o cidadão a tomar partido. Mesmo os mais comedidos são taxados por estar de um lado ou de outro. Essa paixão com clima de Fla-Flu, dos tradicionais “abelhas” contra os “marimbondos”, na mesma atmosfera da rivalidade entre Congos e Chinês, acaba por render histórias que podem se classificadas, no mínimo, como pitorescas.   Manhã, tarde e noite Na sexta-feira, por exemplo, o prefeito Neco (PMDB) tinha um locutor no seu programa eleitoral gratuito em rádio. À tarde, o locutor anunciou nas redes sociais que estava deixando o governo, mas repeliu comentários de que havia passado para o grupo de oposição. Horas depois, no comício da candidata de oposição Carla Machado (PP), o mesmo locutor estava no palanque. Em apenas um dia, ele apoiou o governo (manhã), passou a ser neutro (tarde) e foi para a oposição (noite).   Greve A greve dos bancários é tão previsível no mês de setembro, que praticamente já faz parte da rotina do cidadão. E a partir da terça-feira, a categoria cruza os braços. Tão previsível quanto a greve, são os problemas que ela traz. Um deles é ao comércio varejista, que sofre o impacto da queda de circulação de dinheiro em espécie. Prejuízos de consumidores que tiverem seus débitos com vencimento no período da paralisação também são constantes.   Orientação O Procon-Campos orienta ao consumidor a procurar outras formas de pagamento, como casas lotéricas, correspondentes bancários e caixas eletrônicos. Se não for disponibilizada outra forma de pagamento que não seja nas instituições bancárias, o consumidor não poderá ser penalizado com multa e juros. É importante manter alguma prova da tentativa de pagamento. O Procon auxilia nesse processo.   Risco Contudo, existe um risco. A superintendente do Procon-Campos, Rosangela Tavares, recorda que no ano passado a Justiça Federal não reconheceu o direito dos consumidores, que nos casos das contas vencidas na Caixa, tiveram que pagar multa e juros ao fim da greve. O mais prudente é, se tiver o dinheiro, antecipar o pagamento.   Publicado na edição deste domingo  (4) da Folha da Manhã. 

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