Jogos Paralímpicos... o coração não conhece limites...
bethlandim 08/09/2016 11:31

  Em uma celebração às diferenças, os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro tiveram início sob um único lema: o coração não conhece limites.

Ao passar a ideia de que, mesmo diferentes, somos iguais, a cerimônia de abertura encheu o Maracanã de beleza, poesia e com o ideal de que deficiência não se traduz em inferioridade. A honra de representar um país ainda longe de ser inclusivo coube a Clodoaldo Silva. Ao mudar a imagem do movimento paralímpico do Brasil com uma carreira de conquistas, o nadador se tornou gigante. Nesta noite, ao acender a pira dos Jogos, carregou a mensagem de urgência em busca da inclusão. No total, são 4.314 atletas, de 159 países, na disputa de 23 modalidades. 

Clodoaldo Silva acende a pira paralímpica (Foto: André Durão)

Clodoaldo Silva acende a pira paralímpica (Foto: André Durão)

Cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio 2016 - Shirlene Coelho Brasil (Foto: André Durão) Shirlene Coelho carrega a bandeira do Brasil (Foto: André Durão)

Shirlene Coelho, Ouro em Londres 2012 e prata em Pequim 2008 no lançamento de dardo, a atleta gingou pelo Maracanã com a bandeira do país e foi a responsável por guiar a delegação brasileira pelo estádio. Outra marca da festa foi a comovente cena da ex-atleta Márcia Malsar que, de bengala, caiu com a tocha e se reergueu sob muitos aplausos do público.

Aaron Wheelz voa na cerimônia de abertura da paralimpíada (Foto: Reuters)

Aaron Wheelz voa na cerimônia de abertura da paralimpíada (Foto: Reuters)

O gramado do Maracanã virou uma imensa piscina para que Daniel Dias atravessasse em uma das belas projeções da noite. A piscina se transformou em praia, com um boneco gigante de um vendedor percorrendo o palco ao som de Tom Jobim, de Gilberto Gil, e de Tim Maia...

Cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio 2016 (Foto: Getty Images)Show de fogos na cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio 2016 (Foto: Getty Images)

Foram fotos, selfies, declarações para famílias e amigos. Era um recado de amor de dentro do Maracanã para o mundo. Países como Alemanha e Grécia também carregavam bandeiras do Brasil, como um gesto de carinho à sede dos Jogos. Colombianos fizeram coreografia, enquanto um atleta de Belarus carregou a bandeira da Rússia, excluída dos Jogos devido ao escândalo de doping.

Cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio 2016 - Espanha (Foto: Reuters)

Atletas desfilam na cerimônia de abertura - Espanha (Foto: Reuters)

Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016, falou sobre inclusão e diferenças, sob o lema de todos terem um coração.

“Brasileiros não desistem nunca”.

Sir Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, foi aplaudido ao abrir seu discurso e dar boas-vindas ao "Maraca". Também foi ovacionado ao falar da capacidade dos atletas de fazerem o mundo mais igualitário e ao citar esportistas refugiados. 

Cerimônia de Abertura Amy Purdy (Foto: André Durão) Amy Purdy faz apresentação junto a máquina (Foto: André Durão)

Pelas mãos de Antônio Delfino, a chama paralímpica chegou ao Maracanã sob chuva.

Dono de três medalhas em Jogos (ouro nos 200m e nos 400m rasos em Atenas 2004 e prata nos 400m Sydney 2000), ele passou a tocha para as mãos de Márcia Malsar, primeira atleta paralímpica do país a conquistar uma medalha de ouro no atletismo, na prova dos 200m rasos, com paralisia cerebral. Muito emocionada, ela se desequilibrou e caiu com a tocha. Amparada, levantou, e o estádio se curvou em aplausos.  

Pira paralímpica (Foto: André Durão)

Pira paralímpica acesa no Maracanã (Foto: André Durão)

Com afeto,

Beth Landim

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