Por Marcela Santos Observando algumas pessoas e a maneira como se comportam quando estão diante de alguns políticos em nossa cidade, fico pensando sobre a necessidade delas em “endeusar” aqueles a quem apóiam e, consequentemente, em apontar o adversário como o pior dos anjos caídos. Antes mesmo do homo sapiens surgir,  já existe registro de culto à alguma coisa: animal, astro, elementos da natureza, “whatever”, o que vem a provar que é inerente ao ser humano, mas precisamos ter cuidado com o que ou quem cultuamos e em qual medida. Nem todo líder é “celebridade”, e ninguém é celebridade até que outro a transforme em tal. Parece que existe uma necessidade de ter “reis”, “rainhas”, “princesas”, “príncipes”, já perceberam? E a mídia é uma das principais responsáveis por isto, não posso negar. É o rei cantor, o rei jogador, a rainha apresentadora, a princesa não sei de onde, a celebridade de tal reality. O porque destes adjetivos, eu me pergunto. Ser uma "celebridade" é ter "fama", "reputação bem-estabelecida", "notabilidade", segundo algumas das definições registradas nos dicionários. Mas, com a ampliação do conceito – abrangendo também personalidades da internet, concursos de beleza e realitys shows da TV – há quem não aceite ser classificado como celebridade, apesar do reconhecimento público por seu trabalho. Mas em via de regra tem gente que se expõe ao ridículo para ter seus 15 minutos de fama e se tornar uma personalidade famosa. Enfim,  quero chamar a atenção, desta vez, sobre os políticos. Político não é celebridade. Político não faz favor ao entregar qualquer serviço à população. O Político é um funcionário nosso, no qual depositamos nossa confiança, pagamos um alto salário, esperando que ele faça, crie, trabalhe. E com honestidade. Isso é obrigação! Ser honesto, ético, responsável e profissional é obrigação dos políticos e de qualquer outro. Vamos parar com esta mania de ao ver um político, nos portamos  como se estivéssemos  diante de um “astro do cinema”, de dar regalias e prerrogativas que, a maioria dos mortais, não têm. Parar de dar “poder” a quem tanto poderes pensa ter... Tudo isso acontece com o Brasil: estes casos de corrupção, primeiro, por falta de ética e de caráter dos corruptos e corruptores; segundo, pela falta de fiscalização de todos nós e falhas nas leis e, talvez, porque tenhamos dado a eles muito mais “poder” do que eles têm e repito, pensam ter.