Na última sexta-feira membros do grupo rosáceo davam como certa uma intervenção no diretório do PSB, presidido em Campos por Gil Vianna (PSB). Naquele momento, a Folha divulgou matéria revelando que o senador Romário (PSB) havia entrado em campo para manter o partido ao lado de Caio Vianna (PDT), candidato à Prefeitura. No final de semana, o blog do Ralfe Reis divulgou documento que mostrava a nova composição do PSB, com aliados do governo rosáceo no comando. O fato foi consumado na segunda, quando o sistema do TSE mostrava que Gil estava fora e o grupo de Garotinho dentro.
A política como ela é (II)
A briga pelo PSB mostra a cara da política em nosso país. Jogadas “por cima”, duelos entre caciques e a ética no banco de reservas. Em silêncio, um velho conhecido do secretário de Governo Anthony Garotinho (PR) entrou em cena. Wilson Sombra, ex-namorado da deputada Clarissa Garotinho (PR), que coordenou o programa “Jovens Pela Paz” na gestão de Rosinha no estado, articulou com homens fortes do PSB em Brasília e uma nova intervenção ocorreu na tarde de ontem, dessa vez tirando o partido dos rosáceos e devolvendo ao vereador Gil Vianna, candidato a vice-prefeito na chapa de Caio.
Instabilidade
Em poucos dias o PSB contou com duas convenções, dois presidentes e o clima de instabilidade permanecem. Os aliados de Caio Vianna garantem que a fatura está sacramentada e o registro no TSE será deferido com Gil Vianna como candidato a vice-prefeito. Já os aliados de Garotinho alegam que a convenção que colocou o partido ao lado da chapa Chicão (PR) e Mauro (PSDB) ainda está valendo, o que vai gerar uma judicialização. Comandante do partido no estado, o deputado federal Hugo Leal continua em silêncio, se esquivando de jornalistas de Campos e da capital.
Decisão da nacional
Se o deputado Hugo Leal optou pelo silêncio, um membro do PSB resolveu comentar sobre a polêmica. Joílson Cardoso, membro da executiva nacional do PSB e primeiro secretário fluminense do partido, disse ontem que a decisão de manter Gil Vianna ao lado de Caio não é de uma pessoa, é “da direção nacional do PSB”. Segundo Joílson, a nacional não compactua com “o projeto do Sr. (Anthony) Garotinho (PR)”.
Ironia do destino
Em 2008 o PSB era o partido do então prefeito Alexandre Mocaiber, que apoiava a candidatura de Arnaldo Vianna. Naquele ano, os principais nomes do partido em Campos não viram com bons olhos a entrada de Ilsan Vianna na disputa por cadeiras na Câmara. O clima ficou pesado e muitos candidatos fortes de uma nominata que fez 40 mil votos, “remaram” para Rosinha, o que tria contribuído para a derrota de Arnaldo. Agora, oito anos depois, um Vianna está no jogo e usa todas as armas possíveis para não perder o PSB.
Doação
No último mês várias campanhas de doação de sangue e plaquetas foram feitas em rede social. Mesmo assim, o déficit no hemocentro continua grande, levando, até ao adiamento de cirurgias eletivas. É preciso que a boa vontade e a solidariedade virtual se convertam em atitudes reais. Curtida não dá sangue.
Paciência
A obra é necessária, mas é necessário, também, que seja executada o mais rápido possível. Quem passa pelas ruas centrais, principalmente nos horários de pico e tentando alcançar a Praça São Salvador está precisando de paciência extra. O trânsito beira o insuportável e as alternativas de escoamento também não ajudam.
* Com a colaboração da jornalista Suzy Monteiro
Leia mais sobre a disputa pelo PSB no blog "Opiniões" (aqui)