Arnaldo: "Não briguei com meu filho. Não somos inimigos"
Alexandre Bastos 04/08/2016 10:13

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Após as polêmicas declarações sobre o seu filho Caio Vianna (PDT) e a aliança com o deputado estadual Geraldo Pudim (PR), o ex-prefeito Arnaldo Vianna (PEN), publicou uma carta no Facebook com explicações (aqui).

Segundo Arnaldo, não existe crise familiar nem briga. “Temos dois cenários: o primeiro é a relação de pai e filho que não está abalada um centímetro sequer. A segunda é nossa relação política que também não está abalada. Apenas não concordo que ele seja candidato a prefeito agora. Discordamos. Isso não faz de pai e filho inimigos, como tentam dizer”.

Só Freud explica - Sem citar nomes, o texto publicado na página de Arnaldo faz clara referência ao artigo do jornalista Aluysio Abreu Barbosa intitulado “Só Freud explica — Tragédia grega na novela política de Campos” (aqui), que ganhou grande repercussão. “Após o anúncio da minha aliança com Pudim tentam, por qualquer motivo ainda desconhecido, construir a tese na cabeça da população que Campos é um emaranhado de tragédias gregas envolvendo política e família. Muito embora estas tragédias possam ter acontecido em famílias que dominaram a política local nos últimos anos o mesmo enredo não se reproduz no caso de Arnaldo Vianna e Caio Vianna”.

Motivo - Arnaldo, que em maio sinalizou que iria apoiar o filho (aqui), também voltou a comentar sobre o motivo que o fez mudar de ideia. “Ao contrário do que tentam induzir na cabeça da população, não briguei com meu filho. Não somos inimigos. O único motivo pelo qual não irei apoiar sua candidatura é que, na minha vasta experiência na política, acho que ele ainda não está preparado para assumir o desafio de administrar Campos nas condições que a cidade agora se encontra. Este cenário requer mais experiência. Eu como pai orientei-o a retirar a candidatura para prefeito, porque considero muito ruim ele ter trancado a faculdade e não ter seguido com os estudos. Eu estudei, e ainda estudo muito para me manter atualizado. É preciso que ele termine os estudos antes de querer encarar um desafio dessa magnitude. Assim que ele estiver com o preparo necessário, serei o primeiro a seu lado. Essa é minha orientação como pai que só quer ver o bem do filho. Essa é minha obrigação como pai e como líder político”, afirmou.

Pudim elogiado – Ao lado de Pudim, Arnaldo fez questão de elogiar o candidato do PMDB. “Pudim tem experiência administrativa. Foi meu vice-prefeito e me ajudou muito a administrar essa cidade. Fomos deputados federais junto e Pudim foi um dos parlamentares mais atuantes. Agora é deputado estadual e Primeiro-Secretário. Na gestão de Pudim a Alerj economizou mais de 180 milhões de reais e pôde ajudar ao Governo do Estado nesse momento de crise. Ao longo da campanha vocês verão que Pudim se constitui na melhor escolha para o momento que Campos apresenta”.

Dia dos Pais - Após Caio dizer que espera que o pai repita o gesto de maio, quando lhe deu um beijo e disse que a melhor parte dele estava no PDT, Arnaldo comentou: "Vou fazer o que ele mesmo pediu: vou esperá-lo na minha casa no dia dos pais, dar um abraço apertado, um beijo e passar um dia tranquilo em família".

O que ele quer? - Ao publicar a carta, o grupo de Arnaldo quer mais do que uma demonstração de que não há briga entre pai e filho. Com uma estratégia que lembra a do líder rosáceo, a ideia é tornar Arnaldo uma vítima, papel que no momento está apenas com Caio.

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