Política visceral de SJB sai do mundo virtual para o real
Arnaldo Neto 21/08/2016 11:00
Ponto-final1   Política visceral Abelhas e marimbondos, mar azul e mar vermelho, briga ao estilo “Chinês x Congos”. A definição pode ser variada, mas fala sobre o mesmo assunto: a acirrada política de São João da Barra. O clima quente, visceral, já se arrasta há muito tempo nas redes sociais, com embates entre os aliados do prefeito Neco (PMDB), candidato à reeleição, e Carla Machado (PP), ex-prefeita e candidata ao mesmo cargo. Agora, com a abertura do período de campanha, eles começam a colocar seus times no campo real, fora da realidade virtual.   Time em campo Líder nas pesquisas de intenção de votos divulgadas até agora, Carla foi também a primeira a começar a campanha no município onde o Paraíba do Sul deságua no Atlântico. O pontapé inicial foi em Atafona, na noite deste sábado (20). A expectativa era que Neco também iniciasse as atividades neste fim de semana, mas não divulgou agenda até o fechamento desta coluna.   Histórico I Desde 1996, no primeiro pleito sem o eleitorado do “Antigo Sertão” (com a emancipação de São Francisco de Itabapoana), o PMDB não perdeu nenhuma campanha municipal. Em 1996, venceu Betinho Dauaire (hoje PR), com Dodozinho (falecido em 2014) como vice. Na reeleição, em 2000, Betinho, ainda no PMDB, teve Chico da Quixaba como vice. Carla e Dodozinho, no pleito de 2004 e 2008, eram peemedebistas e saíram vencedores. Em 2012 foi a vez de Neco com Alexandre Rosa (hoje PRB). Todas as chapas vencedoras eram puro sangue.   Histórico II Além do fato de uma chapa puro sangue do PMDB vencer cinco eleições seguidas, todas eram compostas por um político da pedra (Atafona, Grussaí e sede, antigo 1º distrito) e um do 5º distrito. Ao ter em sua chapa o atual vice de Neco, Carla traz uma candidatura da pedra e que não é puro sangue (PP e PRB). Já Neco aposta na velha tática, com Tininha, peemedebista e da sede do município, como vice. As urnas vão mostrar se a escrita será mantida.   Patrimônio I A Justiça Eleitoral já disponibiliza a todo cidadão a declaração de bens dos candidatos a cargo eletivo neste ano. Em Campos, quando o assunto é patrimônio, o vice-prefeito Dr. Chicão (PR) lidera com folga: R$ 1,9 milhão. Já o deputado estadual Geraldo Pudim (PMDB) aparece na lanterna, com R$ 119 mil.   Patrimônio II Os outros candidatos também já informaram seu patrimônio. Rogério Matoso (PPL) soma R$ 585 mil. Candidato do PPS, Rafael Diniz apresentou declaração de R$ 469 mil. Depois aparece Nildo Cardoso (DEM), com R$ 437 mil, seguido por Caio Vianna (PDT), que apresentou declaração de bens com R$ 318 mil.   Ouro A Seleção Brasileira de futebol conseguiu a medalha de ouro na Olimpíada. A festa foi em casa, mas a conquista foi suada, nos pênaltis — na última cobrança. Os meninos superaram a temida Alemanha, que há pouco mais de dois anos calou o Mineirão com uma goleada histórica: 7x1 na semifinal da Copa do Mundo. Após três medalhas de prata (1984, 1988 e 2012) e duas de bronze (1996 e 2008), o ouro é uma recompensa histórica para o Brasil. Agora, deve ser uma injeção de ânimo para que a Seleção volte a apresentar o futebol que um dia encantou o mundo.   Fim A Rio 2016 chega ao fim hoje e já está deixando aquele gostinho de saudade. Pode não ter sido perfeito no todo, mas mostrou ao brasileiro que está na hora de perder o tal “complexo de vira-lata”. O país continua com muitos problemas? Sim. Mas como conseguiu ser bom organizador dos jogos, quem sabe não comece a caminhar para ficar bom também em outras áreas. A esperança também faz parte da cultura brasileira.   Investir A Rio 2016 mostrou também atletas que carecem de investimentos espalhados pelo país. Medalhistas que chegaram ao pódio por esforços próprios e a confiança de poucos incentivadores. Potencial o país tem, falta aprimorar para chegar perto das potências olímpicas.   Publicado na edição deste domingo (21) da Folha da Manhã.

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