Senado aprova denúncia e Dilma, agora ré, vai a julgamento final
Arnaldo Neto 10/08/2016 01:49
[caption id="attachment_8722" align="alignleft" width="300"]Sessão do Senado, conduzida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, decidiu que Dilma será julgada por crime de responsabilidade (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Sessão do Senado, conduzida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, decidiu que Dilma será julgada por crime de responsabilidade (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)[/caption] Por 59 votos a 21 o plenário do Senado aprovou hoje (10) o relatório do senador Antonio Anastasia que julga procedente a denúncia contra a presidenta afastada Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Dilma agora vai a julgamento final pelo plenário do Senado. Em sessão coordenada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a sessão de pronúncia começou na manhã desta terça-feira (10) e seguiu até a madrugada desta quarta-feira (10). No início as sessão, Lewandowski, que preside os trabalhos no Senado, pediu que os senadores pudessem agir com “coragem e independência”, se pautando pela lei. Para agilizar o processo, seis senadores do PSDB abriram mão de usar a palavra para garantir que a votação do processo de impeachment ocorresse de forma mais ágil. Seguindo o exemplo dos senadores tucanos, mais oito parlamentares retiraram o nome da lista para discursar na sessão de pronúncia do impeachment. Cada senador poderia falar por até 10 minutos. Um dos autores da denúncia, o jurista Miguel Reale Júnior voltou a defender o impeachment. Segundo o advogado, o afastamento de Dilma é fundamentado pelo conjunto dos fatos. “Não se está afastando uma presidente da República por fatos isolados. Ela não merece mais governar o Brasil, porque levou o Brasil ao desastre em que ele se encontra”, afirmou Reale. O advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, disse que não há prova de crime de responsabilidade e considerou que o processo de impeachment tem motivações políticas. “Não há ato, não há dolo, não há nada. Quer se utilizar pretextos para afastar a presidente da República por razões políticas. E a Constituição não comporta pretextos”, argumentou Cardozo. Com informações da Agência Brasil

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