O "vale tudo" da pré-campanha
Suzy 10/07/2016 13:46
A corrida eleitoral à sucessão da prefeita Rosinha (PR) já demonstra que será uma das mais intensas da última década. Prova disso é que a pré-campanha, que antes era situação x oposição, na reta final é cada um por si para tentar garantir seu nome como cabeça de chapa ou, ao menos, vice. Com algumas baixas pelo caminho - e outras que virão - hoje há sete governistas e 11 oposicionistas no páreo. No grupo rosáceo, a semana foi “quente”, com articulações e muito “fogo amigo”. Dos 10 prefeitáveis iniciais, restaram sete: O vice Dr. Chicão (PR), os vereadores Paulo Hirano (PR), Fábio Ribeiro (PR), Mauro Silva (PSDB), os ex-secretários Eduardo Crespo (PR), Edílson Peixoto (PR), e o ex-coordenador de Programas Especiais, Charles Guerreiro (PR). Tudo indicava que o escolhido seria Chicão, que vinha “surfando” na agenda positiva do governo e despontava como nome mais forte entre governistas, de acordo com pesquisa do instituto PRO4, feita em junho. Porém, o “rolo compressor” da Câmara entrou em ação. Um documento circulou quarta-feira entre vereadores e partidos da Frente Popular Progressista para que o candidato a prefeito seja vereador e do PR. O documento teria sido capitaneado usando o nome da liderança do grupo. Apenas Hirano e outro nome menos cotado preenchem esses pré-requisitos.  Hirano seria o preferido de Rosinha, porém circula áudio do outro pré-candidato, dizendo que ele recebeu 80% das assinaturas e convocando a militância a fazer pressão através das redes sociais  e no WhatsApp de Garotinho para ser escolhido. No dia seguinte, em reunião dos partidos governistas, Anthony Garotinho (PR) anunciou que a escolha do candidato não seria mais pelas prévias do Núcleo de Organização Social (NOS), mas por um “conselho” formado por ele e Rosinha, vereadores, presidentes de partidos e os mais experientes rosáceos. Quem não gostou nada dessa mudança, mas ao contrário de outros, demonstrou, foi Charles Guerreiro. Ele se intitulava o único candidato do NOS e, portanto, acreditava que venceria as prévias. Quarta-feira, em seu blog, já demonstrava insatisfação: “Se tem uma coisa que não sou é otário! Sei da porrada também! Se precisar saio na porrada também!”, afirmou. Sexta-feira, Guerreiro partiu para o ataque em rede social, contra um site ligado ao governo e contra o superintendente de Comunicação, Sérgio Cunha, após seu nome ser “esquecido” na matéria da reunião com Garotinho. Guerreiro disse que continua pré-candidato. Pelo menos até o próximo capítulo dessa novela. Movimentos da oposição Na oposição a movimentação também é grande. Continuam no páreo 11 pré-candidatos - os deputados Papinha (PP), Geraldo Pudim (PMDB) e João Peixoto (PSDC), os vereadores Nildo Cardoso (DEM), Rafael Diniz (PPS), Tadeu To Contigo (PRB) e Gil Vianna (PSB), o ex-vereador Rogério Matoso (PPL), Léo Zanzi (PSOL), o ex-prefeito Arnaldo Vianna (PEN) e seu filho Caio Vianna (PDT). O número de pré-candidatos foi criticado várias vezes, mas, no último domingo, em entrevista ao jornal O Globo, Geraldo Pudim afirmou que a oposição estava discutindo a possibilidade de diminuir o total de candidatos: “Num segundo turno, isso abriria espaço para uma aliança da oposição”, disse Pudim. A possibilidade de união avistada no início da semana ficou mais distante no final da mesma. A briga pela vaga de vice será uma disputa a parte até as convenções partidárias. Uma articulação “por cima”, entre executivas estaduais do PDT e PDB, pode afastar Gil Vianna de Rafael Diniz. Havia um acordo composição de chapa com o vereador do PPS. Gil - oficialmente pré-candidato a prefeito - passou a um nome provável para compor outra chapa de oposição, mas encabeçada por Caio Vianna (PDT). O problema é que a vaga de vice de Caio era dada como certa para o deputado João Peixoto, considerado como um dos maiores conhecedores de eleição em Campos, com sólida base eleitoral na periferia do município. Tadeu Tô Contigo apressou-se a anunciar o possível nome para compor sua chapa: o empresário Renê Siqueira. Já Papinha, que conversou com Caio, chegou a pensar no empresário Joilson Barcelos como vice. (Da Folha da Manhã de hoje)

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