"Há algo de errado em um sistema criminal que leva tanto tempo para produzir uma condenação definitiva.” Em despacho feito no início desse ano sobre a execução de pena de prisão ao ex-funcionário do Banestado -Banco do Estado do Paraná Aldo de Almeida Júnior,  o juiz federal Sérgio Moro desabafa. Em outros trechos, ele diz  “quase 20 anos desde os crimes” e “quase 12 anos desde a sentença de primeiro grau”. O réu é o principal condenado do esquema que remeteu ao exterior mais de 2 bilhões de reais, de 1996 a 1997. Ft-Web No despacho do dia 2 de fevereiro de 2016, o juiz da Lava-Jato recebeu do STF, autorização para mandar executar a prisão de Almeida Junior, depois de vários  “recursos protelatórios”. Moro também  critica o exagerado uso de recursos judiciais e as prescrições de penas de ex-funcionários do banco, acusados por evasão de divisas e formação de quadrilha,  condenados em agosto de 2004 à  penas de 04 a 12 anos. Depois de  muitos recursos e prescrições, em fevereiro deste ano Moro determinou que “finalmente vencida essa etapa, expeça-se nova guia para execução definitiva da pena contra Aldo de Almeida Júnior”. Mas ele nunca foi preso. Em abril recebeu direito à custódia domiciliar,monitorado por tornozeleira. Fonte-O Sul AF