Caça-Fantasmas
Nino Bellieny 26/07/2016 03:30
 
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Se caçadores de fantasmas resolverem passar nas repartições municipais, estaduais e federais do Brasil, vão se dar bem, mas aqui o papo é outro. É sobre a volta de um clássico com outros ingredientes e o mesmo conceito. Crítica de Cinema com Cássio Peixoto
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O novo filme da franquia Caça-Fantasmas, que ainda está em cartaz nos cinemas de Campos e região, tem alguns problemas pontuais. Algumas derrapadas normais
em blockbusters. No entanto, o único problema que esse longa não tem, é contar com quatro mulheres protagonistas.
Esqueça a urgência do roteiro, os problemas com a continuidade, e até com as piadas, que no início, há que se ressaltar, estão meio fraquinhas. Atenha-se ao principal: é uma comédia, e como tal, cumpre bem o seu papel. Esse é o tal “filme pipoca” que não só faz jus ao nome da franquia, como reverencia a obra original com respeito e criatividade. Trazer os Caça-Fantasmas de volta à ativa foi um trabalho complicado. No início do projeto Dan Aykroyd e Harold Ramis, dois dos Caça-Fantasmas originais e também roteiristas dos dois primeiros filmes, tentaram a todo custo incluir Bill Murray, a estrela dos longas anteriores nesse novo projeto. Com uma carreira já consolidada, Murray não quis participar e o projeto não saiu do papel. Ernie Hudson, o último Caça-Fantasma, também sempre se colocou à disposição para o trabalho, mas depois de várias tentativas frustradas o terceiro filme não decolou. Alguns anos se passaram e Harold Ramis, o Egon, faleceu. Sem um dos integrantes originais o sonho de ver os Caça-Fantasmas de volta tinha sucumbido para sempre. Eis que então os estúdios se concentraram então em buscar novos atores para o papel e a dúvida estava em refazer a franquia do zero, ou fazer uma continuação. Decidiu-se então que este seria um reboot, e mais do que isso, decidiram por quatro mulheres vestindo os uniformes e não quatro homens. Quando o anúncio foi feito, os hates de plantão decidiram boicotar o filme com a desculpa de que essa nova formação “acabaria com a infância e adolescência” de um monte de gente. Bobagem. Besteira. Preconceito tosco e um machismo exacerbado, misoginia mesmo. cac?a-fantasmas-trailer Como pontuei no início, esse longa tem problemas, mas é uma comédia divertidíssima, com efeitos especiais de primeira e com uma excelente atuação das protagonistas. O diretor Paul Feig escolheu quatro atrizes/comediantes que deram conta do recado: Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Kate McKinnon e Leslie Jones. Essa última, além de sofrer ataques de machistas de toda a espécie, ainda foi alvo de racistas que não se conformavam com a sua presença entre as Caça-Fantasmas. O filme teve a produção executiva de Dan Aykroyd e Ivan Reitman, respectivamente roteirista e diretor dos dois primeiros filmes da franquia. O longa conta a história de um grupo de cientistas que tentam provar que fantasmas realmente existem no exato momento em que um louco descobre como abrir um portal para que fantasmas permaneçam definitivamente em nossa dimensão. Para os saudosistas, dezenas de referências aos dois primeiros filmes estão lá. O filme também reverencia de forma fantástica todos os atores da obra original. Fique atento e você descobrirá um monte de pequenas e grandes referências. Finalmente, não perca tempo lendo comentários de Facebook. (conhece a regra não é? Nunca leia os comentários), e nem caia na conversa de haters e abobalhados. O filme é bom! Vale o ingresso, vale o passeio, a pipoca e os heróis da sua infância foram honrados e muito bem representados, relaxe e aproveite a viagem. https://youtu.be/j9Ej9JyTdTw

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