É TUDO CRUELDADE E TEM QUE SER COMBATIDA COMO TAL

Por Marcelo Nascimento* Quando se vê uma criança de 7 anos desesperada segurando o corpo da mãe ensanguentado por que um vagabundo a esfaqueou pois não tinha dinheiro para lhe dar num assalto; quando se vê que um outro pega um caminhão e sai atropelando e matando mais de 80 numa festa;  quando se vê um idiota entrando numa boate atirando e matando dezenas de pessoas e outros vários exemplos desse tipo, não dá pra ignorar que isso não pode ser apenas discutido pela ótica da parte maternal da sociologia que diz que são resultados do descaso social ou reféns de dogmas religiosos mal interpretados. Desde que o mundo é mundo é isso ai. Cada um segue seu rumo. Somos individualistas, sim! É defeito? E daí? O que não se pode é aceitar a crueldade e usar desse discurso eternamente para justificar barbaridades. Marginal que comete esse tipo de crime deve ser tratado como pária, como indivíduo totalmente incapaz de conviver no meio social. É preciso parar de balela de discurso intelectual. Pena de morte? Pra que? Esse tipo de pessoa não tem o que perder. Não tem perspectivas. Seria um favor a todos eles. Marginais com esse tipo de atitude deveriam ser tratados com formas que servissem de exemplos a todos os outros. Se não conseguem perceber um mínimo de princípio de dignidade, que tirem deles isso e os coloquem para trabalhar pesado de sol a sol em algo que jamais pensariam em viver dentro de um sistema prisional. O criminoso precisa pagar – não só no tempo – mas nas ações e no financeiro, por tudo que causou às vitimas. Sou adepto de que é preciso uma “Lei de Talião” (olho por olho, dente por dente) modernizada para os dias de hoje (e, por favor, não considere isso discurso de senso comum). Posso estar fazendo um discurso simplista, mas o que não pode é ficar do jeito que está. *Marcelo Nascimento é editor-chefe da Revista Estilo OFF