O Descaso Localizado Por Acaso
Nino Bellieny 11/07/2016 21:36
NinoBellieny Sexta-feira passada, às 17h, alguém passa pela Praça Nilo Peçanha, muito mais conhecida como Pracinha dos Camelôs, por abrigá-los há anos. O olhar se dirige a um  pedestal sob uma centenária árvore, motivo de uma celebração com direito à presença de importantes autoridades, no último 10 de maio, data maior da História Municipal. E o poema de Flora Malta Carpi sobre a referida árvore eternizado em uma placa e afixado ao pequeno monumento, deveria estar no local. Essa seria a ideia original. A placa é de um material sintético e não foi parafusada nem chumbada. Nota-se que está solta. As tiras adesivas não resistiram aos 2 meses de exposição ao tempo. Não foi a maneira correta de se fazer. Totalmente inadequada, a placa cairia ao chão ou seria levada de lembrança por alguém. Por acaso, o jornalista Guilherme Carvalhal está perto dali. É convidado para registrar com fotos e ser testemunha do que seria feito em seguida. Pegar a plaqueta e levar até a casa de D.Flora onde ela receberia e saberia o que aconteceu. Ela sempre bem-humorada fica um pouco triste. Reanima-se quando reconhece que basta fazer uma nova em material mais resistente e afixar de modo adequado. D. Flora sorri, aceita a sugestão. Enquanto isso, o pedestal está lá, sem o poema a justificar sua existência, sob um árvore milagrosamente inteira, com mais de 100 anos intocável em uma cidade que não as ama. Não como deveriam ser. Árvores e monumentos permanecem por acaso na terra dos acasos e descasos. 21 22 23Fotos-Guilherme Carvalhal 20 D. Flora, a autora do poema, recebe e guarda devidamente, até ser recolocado da melhor maneira.Ft-NB

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