A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) lançou há dias na sede do Clube de Engenharia no Rio de Janeiro uma importante contribuição aos planos de governos dos futuros candidatos a prefeitos de todo o Brasil, assim como para os candidatos a vereadores, que poderão subsidiar os futuros mandatos numa atuação legislativa alinhada com os temas abordados pela FNE.

O Cresce Brasil - Cidades apresenta contribuições nas áreas de: Finanças públicas municipais; Uso e ocupação do solo; Habitação; Transportes e mobilidade; Saneamento ambiental; Iluminação pública; Internet pública.

Faz-se necessário que os futuros gestores públicos se atentem para a atual conjuntura do país, que é de queda de receita.

Neste período de pré-campanha as articulações para alianças eleitorais assumem a linha de frente e pouco se discute ou pelo menos se conhece sobre a elaboração de planos de governo. Aliás, sou da opinião de que quem não tem plano de governo, no caso de candidatos a prefeitos, sequer deveria se candidatar, pois não faz nenhum sentido lançar-se candidato sem que se tenha qualquer planejamento ou visão de médio e longo prazos da realidade local que se quer mudar para melhor.

Em tempos de crise, a ausência de planejamento da governança coloca em risco a estabilidade do governo, pois as consequências dos erros acabam sendo sentidas pela população mais cedo ou mais tarde.

Penso que os partidos políticos poderiam contribuir enormemente para resgatar essa visão junto aos candidatos ou pelo menos consultá-los sobre o que pensam. Sabemos que na prática não é tarefa fácil, ainda mais se considerarmos a realidade política da imensa maioria dos municípios brasileiros que possuem menos de 50 mil habitantes, no entanto, a responsabilidade maior, a meu ver, sempre será individual ou seja, de cada um que se propõe a oferecer seu nome aos eleitores.

O Brasil não pode mais conviver com improvisos e políticos populistas, sem preparo e o que é pior, sem vontade de se preparar. A conquista do conhecimento é uma constante.

É preciso ter um equilíbrio entre os dois polos, mas sem sobrepor a política a técnica. A política é importante, pois garante sensibilidade às questões e ouvidos à experiência, mas não dá para decidir desconsiderando os técnicos e a técnica.

Governos técnicos sempre enfrentam resistência no início, mas conquistam a confiança das pessoas ao fim da legislatura.